"A EDP Comercial decidiu não repercutir nas faturas dos seus clientes domésticos o custo com a tarifa social que foi definido pelo regulador de eletricidade",avançou fonte oficial à Lusa.
A elétrica espera que os preços se mantenham até ao final do ano.
No caso dos clientes empresariais,as faturas já incluem o custo com a tarifa social.
A tarifa social de eletricidade consiste num desconto de 33,8% face aos preços no mercado regulado,para famílias com rendimentos mais baixos e,segundo a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG),beneficiava 759.196 agregados em maio deste ano.
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) manifestou,no final de maio,preferência por um modelo de financiamento público da tarifa social de eletricidade e disse que a recente transição para financiamento partilhado por produtores e comercializadores era aconselhável,devido a litigância.
"Temos preferência manifesta por financiamento público,do Orçamento do Estado,mas apresentámos três modelos possíveis e o último,que é um terceiro ótimo,é este [o atual]",afirmou,no parlamento,o presidente do Conselho de Administração da ERSE,Pedro Verdelho.
Em meados de abril,a ERSE publicou as diretivas para o novo modelo de repartição do financiamento daquele apoio,estimando que vá custar 44,4 milhões de euros aos produtores e 92,1 milhões aos comercializadores em 2024.
A este montante tem ainda de se somar 14,8 milhões de euros (5,3 aos eletroprodutores e 9,5 aos comercializadores),referentes ao período de 18 de novembro a 31 de dezembro de 2023,uma vez que o modelo tem efeitos retroativos à aprovação da alteração pelo anterior governo.
As diretivas produziram efeitos a 01 de abril e os comercializadores são livres,se o entenderem,de repercutir os custos no consumidor final.
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