"O diálogo social não deve ser apenas um chavão,mas efetivo em qualquer circunstância política",afirmou Nuno Bernardo,da CTP,que falava na conferência "O presente e o futuro da concertação social",organizada pela comissão parlamentar de Trabalho,Segurança Social e Inclusão.
O vogal da CTP recordou ainda que,em algumas circunstâncias,em cenários de maioria absoluta,tem havido mais dificuldades em criar entendimentos.
Por outro lado,notou que todas as sociedades desenvolvidas assentam em processos de concertação social e que não há concorrência entre este fórum e a Assembleia da República.
Assim,além dos interesses de cada uma das partes,é necessário "ir mais além",assinalou,vincando que todos os parceiros são importantes.
"É a beleza da concertação social. Não há concorrência entre a concertação e este espaço onde estamos hoje [parlamento]",sublinhou.
Nuno Bernardo disse ser importante pensar sobre o futuro da concertação social,nomeadamente no que diz respeito à sua autonomia financeira e administrativa.
"Será que queremos ou não caminhar para aí? É uma questão que fica. Os desafios são muitos e antevejo que a concertação social vai ter cada vez mais um papel importante no futuro",acrescentou.
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