"Tal como antecipámos,o ano de 2024 tem sido marcado,após um ciclo inflacionário,pelos duros efeitos da combinação de uma acentuada trajetória de correção dos preços alimentares com a subida significativa dos custos",indicou numa mensagem sobre os resultados semestrais do grupo,publicados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Os lucros da Jerónimo Martins caíram 29,1% no primeiro semestre deste ano,atingindo 253 milhões de euros,adiantou o grupo.
"Sabíamos que,agravada pelo ambiente de consumo contido,a competição pelos volumes seria muito forte e mantivemos o foco estratégico na competitividade,investindo fortemente em preço sem descurar a qualidade global das propostas de valor",referiu o líder do grupo.
Pedro Soares dos Santos disse que "apesar da reduzida visibilidade sobre a evolução do comportamento dos consumidores nos países" em que o grupo opera,a Jerónimo Martins prevê que "o contexto de deflação alimentar e elevada inflação de custos se mantenha ao longo do segundo semestre".
"Neste contexto de incerteza e de múltiplos focos de pressão simultâneos,continuaremos a dar prioridade a fazer das nossas lojas a primeira escolha dos consumidores e a crescer vendas em volume como fatores críticos da preservação da nossa competitividade,do aumento das nossas bases de clientes e da expansão das quotas de mercado das nossas insígnias",referiu.
No comunicado,a Jerónimo Martins referiu que no período em análise,a margem EBITDA (resultado antes de impostos,juros,depreciações e amortizações) "foi substancialmente pressionada pela combinação do desacelerar significativo da inflação alimentar,num movimento de correção dos aumentos extraordinários verificados nos anos anteriores,com uma elevada inflação ao nível dos custos,essencialmente motivada pela subida dos salários".
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