Em resposta a questões da Lusa,fonte oficial da IP disse que no concurso público lançado,quanto ao lote "que compreendia o desenvolvimento dos estudos de viabilidade para a construção das Passagens Inferiores Pedonais junto à estação da Granja e ao apeadeiro da Aguda,não foram apresentadas propostas".
"Neste enquadramento,a IP irá avançar com o lançamento de um novo concurso,ajustando o procedimento de modo a estimular o interesse do mercado",refere a empresa.
Em causa está o lançamento de concursos para a realização de estudos para supressão de passagens de nível,os quais foram adjudicados à empresa Profico,nos lotes 1 e 2 (supressão de quatro passagens de nível nas linhas do Minho,Beira Baixa e Beira Alta),mas não no lote das passagens de Aguda e Granja.
Assim,as povoações daquelas localidades de Vila Nova de Gaia,que contestaram as passagens superiores pedonais instaladas pela IP no âmbito da renovação do troço da Linha do Norte,terão de esperar mais tempo para saber se é viável uma nova solução.
Na sequência de um protocolo de 2022 celebrado após protestos das populações contra as passagens superiores instaladas,em que as estruturas foram apelidadas de "mamarracho","escarro arquitetónico" ou "muro de Berlim" pela população,a IP pôs a concurso estudo para as passagens inferiores por 50 mil euros.
Os elevadores instalados têm sofrido avarias e as populações locais queixam-se de dificuldades na mobilidade devido às novas infraestruturas.
"O estudo de viabilidade consistirá numa análise técnica para a identificação das várias soluções e quantificação das intervenções a realizar na envolvente da infraestrutura para desnivelamento,que permita a passagem de peões na estação de Granja e apeadeiro de Aguda",referiu fonte oficial da IP à Lusa no ano passado.
As obras na Linha do Norte entre Espinho e Vila Nova de Gaia,orçadas inicialmente em 55 milhões de euros,podem ficar cerca de 20 milhões de euros mais caras que o inicialmente previsto,segundo as revisões contratuais feitas.
Inicialmente,aquando do lançamento do programa Ferrovia 2020,em 2016,estava previsto que as obras de requalificação decorressem entre 2017 e 2019,mas só estão a terminar atualmente.
A obra acabou por se iniciar em julho de 2020 e tinha um custo inicial de 55,3 milhões de euros,mas em praticamente quatro anos os custos aumentaram cerca de 20 milhões de euros,segundo as revisões publicadas no portal Base.
A intervenção entre as estações de Espinho e Vila Nova de Gaia (Devesas) envolveu a substituição integral da superestrutura da via,a alteração dos 'layout' das estações de Granja e Gaia,a implantação de duas novas diagonais de contravia entre Miramar e Francelos,ou a implantação de duas vias de resguardo,com 750 metros de comprimento útil,para resguardo de comboios de mercadorias,a norte do apeadeiro de Francelos.
Houve também lugar à substituição de passagens de nível por passagens desniveladas (inferiores e superiores,para peões e automóveis),bem como a beneficiação das plataformas de passageiros.
Em causa estão as estações de Gaia,Granja e Valadares e os apeadeiros de Aguda,Miramar,Francelos,Madalena e Coimbrões.
Foi também já instalado e colocado em serviço o sistema de sinalização eletrónica entre Esmoriz e Gaia e sua integração no Centro de Comando Operacional (CCO) do Porto,o sistema de controlo automático de velocidade e os sistemas de telecomunicações.
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