De acordo com um relatório do Governo consultado hoje pela Lusa,com dados sobre a atividade indústria do país,este desempenho compara com os 709 milhões de meticais (9,9 milhões de euros) no primeiro semestre de 2023 e com a meta de 7.567 milhões de meticais (106,1 milhões de euros) definida para a indústria do tabaco para todo o ano de 2024.
As receitas do setor do tabaco representaram,assim,apenas 1% de toda a produção industrial moçambicana de janeiro a junho,que ascendeu a 73.052 milhões de meticais (1.024 milhões de euros).
No primeiro trimestre,o setor do tabaco já tinha recuado 46,2%,segundo dados anteriormente noticiados pela Lusa.
Em todo o ano de 2021 a produção da indústria do tabaco em Moçambique ascendeu a 7.768 milhões de meticais (108,9 milhões de euros),valor que caiu no ano seguinte para 3.640 milhões de meticais (51 milhões de euros).
O documento aponta igualmente a estimativa para a campanha de 2023/2024 de 69.856 hectares de cultivo e a produção de 43.714 toneladas de tabaco no país.
A produção da indústria de tabaco em Moçambique em 2023 cresceu 23%,face ao ano anterior,atingindo os 4.475 milhões de meticais (quase 62,7 milhões de euros),indicam dados oficiais noticiados anteriormente pela Lusa.
No ano agrícola de 2022-2023,Moçambique contava com uma área de cultivo de tabaco de 76.850 hectares,tendo produzido 65.856 toneladas de tabaco,uma queda de 15% face ao período homólogo anterior.
Para a campanha de 2023-2024 o Governo previa anteriormente uma área de 129.321 hectares e uma produção de 81.223 toneladas.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS),divulgado em 2023,referia que Moçambique contava com a oitava maior área de cultivo de tabaco do mundo. Com uma área disponível e cultivada com tabaco estimada pela OMS em 91.469 hectares,Moçambique era então o terceiro produtor na região africana,a seguir ao Zimbabué (112.770 hectares) e ao Maláui (100.962).
O Brasil,com a terceira maior área de cultivo,de 357.230 hectares,e Moçambique são as únicas nações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) referenciados no relatório da OMS.
O documento identifica os 50 países com maior área de cultivo desta planta,outrora classificada como medicinal e atualmente alvo de críticas e medidas políticas contra o uso massificado.
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