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G20: Argentina impede declaração de consenso no Grupo de Trabalho do Empoderamento Feminino. Veja por quê

Oct 15, 2024 Ai IDOPRESS

Reunião ministerial do Grupo de Trabalho de Empoderamento Feminino do G20 Brasil em Brasília — Foto: Divulgação

RESUMO

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GERADO EM: 15/10/2024 - 04:01

"Argentina trava consenso no G20 sobre empoderamento feminino"

Argentina impede consenso no G20 sobre empoderamento feminino. Divergências surgem com palavras como "misoginia" e "diversidade". Após longas negociações,China e Arábia Saudita cedem,mas a Argentina deixa reunião sem detalhes. Brasil destaca pontos comuns e ministra considera vitória mesmo sem consenso. Tema de igualdade de gênero traz desafios.

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Para a surpresa de alguns — de outros,nem tanto — foi por causa da Argentina de Javier Milei que o Grupo de Trabalho (GT) do Empoderamento Feminino,que estreia no G20 sob a presidência brasileira,ficou sem um texto de consenso para chamar de seu na reunião ministerial da semana passada na capital federal. Sem a concordância de todos,não há declaração final dos ministros presentes.

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Em pleno século XXI,palavras como “misoginia" — que ainda não havia aparecido em documentos oficiais — e “diversidade” criaram dificuldades com alguns países,assim como o uso da expressão "direitos humanos” associada a gênero. A sensibilidade se explica pelas abissais diferenças entre as 19 maiores economias do mundo,mais a União Europeia (UE) e a União Africana quando o tema é mulheres e LGBTQ+. Ainda assim,todas acabaram passando após muitas horas de negociações.

Mas não foram palavras ou expressões específicas que teriam levado os argentinos a deixar de endossar o documento. Aliás,sequer teriam dado detalhes de onde estaria o problema.

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— Eles apareceram no último dia para rejeitar o comunicado final pelo qual não trabalharam,para criar o desconforto — disse uma integrante do governo.

Representante da Argentina no Grupo de Trabalho do Empoderamento Feminino — Foto: Divulgação

China e Arábia Saudita,que tinham questões com o teor do texto no início da semana,acabaram cedendo.

— Os sauditas fizeram um esforço hercúleo e devem ser felicitados. A China também — disse um integrantes do governo.

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Sem a declaração final,ficou a cargo da presidência brasileira do G20 divulgar um texto com os pontos em comum das negociações. Este foi o primeiro GT desde julho,quando o Brasil conseguiu separar a questão geopolítica (que passou a ser divulgada em documento separado) da substância temática a não ter o apoio de todos para seu comunicado.

A ideia dos enviados do governo Javier Milei terá sido justamente a de perturbar o encontro,segundo um negociador.

— Ficaram calados até o final. No último dia,seu representante manifestou-se contrário ao texto e deixou a reunião em seguida.

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O discurso do enviado argentino na véspera da ministerial já teria causado mal estar entre os outros integrantes do G20. Mas o clima do último dia acabou sendo bom,na avaliação de alguns presentes. Era como se o resto comemorasse a vitória de um consenso que singularizava (pela primeira vez) no texto final a única nação que ficou de fora,a Argentina. Ao final,todos correram para tirar a foto de família do grupo. O argentino se retirou antes.

Negociadores brasileiros e de outras nações do G20 já haviam notado que os argentinos têm enviado às reuniões ministeriais dos outros GTs funcionários de patente inferior ao nível esperado para a participação nos encontros.

Em linguagem diplomática,isso significa mostrar que o país dá menos importância ao evento. Mas ainda não haviam chegado a rejeitar os textos finais. A questão “igualdade de gênero” tem implicações para a declaração de líderes e pode significar que vão tentar dificultar ainda mais a já complexa negociação para o comunicado final,que,além de necessitar ele também de consenso para todos os temas discutidos até aqui,vai incluir a geopolítica no conjunto.

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Dentro do Ministério das Mulheres,contudo,a declaração,ainda que não tenha sido de consenso,como se esperava,foi considerada uma vitória,ao colocar no papel temas e expressões sempre muito difíceis para muitas nações.

Aparecida Gonçalves,ministra das Mulheres,admitiu as enormes diferenças na véspera da reunião. Ela certamente já havia percebido que não teria acordo. Mas comemorou o fato de a maioria (dos países presentes) não abrir mão da igualdade de gênero e concordar que "não é possível que em pleno século XXI haja retrocesso no direito de trabalhar,salários iguais”.

A ministra falou ainda no enfrentamento de todas as formas de violência,inclusive as cibernéticas. Para a secretária Executiva da pasta,Maria Helena Guarezi,o documento final é “poderoso”.

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