Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios para o programa Conversa Capital,Luís Miguel Ribeiro classifica como "responsável" a atitude do PS,em se abster na votação na generalidade e final global,abrindo assim caminho à viabilização do OE2025.
Embora reconheça que o OE2025 tem alguns "sinais positivos" no sentido da valorização do papel das empresas e do reforço do rendimento das famílias,o presidente da AEP considera que é um documento "sem ambição" pelo que o sentido de voto que lhe daria seria de "abstenção".
A AEP,diz ainda,irá insistir na defesa das suas propostas junto do Governo e dos partidos,aproveitando o período de discussão na especialidade do OE2025,durante o qual os partidos podem apresentar propostas de alteração.
Neste contexto,destaca a necessidade de redução do IRC para 15% ou a alteração das regras para que as empresas possam efetivamente pagar prémios de desempenho.
Apesar de louvar a atitude do PS face à proposta orçamental pela previsibilidade que dá,Luís Miguel Ribeiro sublinha que é necessário fazer mais,nomeadamente que os dois maiores partidos assumam "compromissos de curto,médio prazo para que essa previsibilidade fosse uma realidade".
Questionado sobre a privatização da TAP,afirma ser favorável a uma venda da totalidade do capital da transportadora aérea,tendo em conta que "há companhias aéreas com 'kow-how' e estrutura que podem pôr a TAP a cumprir a sua missão".
Sobre a continuidade da Exponor na AEP,garante que o processo de venda do ativo não está fechado,que as negociações decorrem e que a AEP ficará com a exploração e,eventualmente,com a propriedade da Exponor.
"O modelo ainda está em aberto e veremos qual a melhor solução,mas estamos ativamente no processo e o parque de exposição da Exponor continuará a ser um ativo da AEP e do país. Isso podemos assegurar que sim. A forma e o modelo,isso veremos quando o processo ficar concluído",afirma.
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