As maiores preocupações com a proposta derivam dos cortes apontados,e que Portugal recusa,para as capturas de goraz,um peixe de fundo,que afeta,especialmente,a região autónoma dos Açores,com "um impacto que poderá ser muito negativo,disse Cláudia Monteiro de Aguiar.
Em causa está a proposta,avançada pelo executivo comunitário em 31 de outubro,dos totais admissíveis de capturas (TAC) e respetivas quotas,incluindo um corte de 35%,de 600 mil para 399 mil toneladas,a pesca de goraz nos Açores.
Cláudia Monteiro de Aguiar salientou que a Comissão Europeia terá de ter em conta as frotas artesanais nas regiões autónomas usam "uma arte [de pesca] muito específica,a de salto e vara,conhecida por ser muito seletiva,de linha e anzol" e são embarcações mais pequenas.
A governante apela para que seja feita uma apreciação do argumento português,e,no limite,só poderá aceitar a redução de 20%,que "é dentro do limite da sustentabilidade".
O goraz é tradicionalmente a espécie-alvo mais importante da pesca com palangre de fundo nos Açores.
Em 31 de outubro,o executivo comunitário divulgou a proposta de possibilidades de pesca para 2025,que inclui um aumento de 17% nas capturas de tamboril,de 23% nas de areeiro e de 5% nas de carapau,em águas nacionais e manter as da pescada em águas ibéricas.
Os ministros das Pesas da UE fazem hoje uma primeira apreciação da proposta,que será fechada em dezembro.
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