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Aliados ainda cogitam Pedro Paulo na vice de Paes e enxergam recuo como estratégia

Jul 24, 2024 Artes IDOPRESS

Pedro Paulo e Eduardo Paes — Foto: Marcia Foletto/Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 24/07/2024 - 04:30

Possibilidade de Pedro Paulo como vice de Paes gera especulações e incertezas entre aliados e oposição

Aliados cogitam Pedro Paulo como vice de Paes e veem recuo estratégico para medir repercussão do caso do vídeo íntimo. Partidos aliados avaliam possibilidade de reviravolta até convenções. Ceticismo na oposição e opção por Eduardo Cavaliere como favorito para vice,caso Pedro Paulo não se mantenha.

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Depois de o deputado federal Pedro Paulo (PSD) pedir para tirar seu nome da corrida interna pela vaga de vice do prefeito do Rio,Eduardo Paes (PSD),o consenso entre partidos aliados e rivais da candidatura é de que os dois querem testar o tamanho da repercussão do caso. A leitura da classe política inclui termos como “controle da narrativa” e “vacina” para se referir à estratégia. Ou seja,seria uma forma de o próprio grupo de Paes jogar luz sobre a história do vídeo íntimo do parlamentar antes que opositores tirassem proveito político do fato.

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A principal divergência passa pela avaliação sobre quão definitivo é o movimento. Reservadamente,caciques de alguns dos sete partidos — PT,PCdoB,PV,PDT,PSB,Solidariedade e Podemos — que integram a coligação de Paes avaliam que ainda pode haver uma reviravolta até a semana que vem. A leitura de quem aposta nisso é que há margem,até o fim do período de convenções partidárias,para “envelhecer” o assunto sem causar prejuízo irreparável à imagem de Pedro Paulo. Os partidos têm até o dia 6 de agosto para apresentar as chapas,e até o dia 15 para registrá-las na Justiça Eleitoral.

Para dois desses caciques ouvidos pelo GLOBO,Pedro Paulo segue sendo o favorito de Paes e tendo respaldo na aliança partidária. A questão,para esses interlocutores,se resume à repercussão midiática do caso,que será medida pela equipe de campanha do prefeito com pesquisas qualitativas nos próximos dias. Já um cacique de uma terceira sigla observou que a história do vídeo já circulava nos bastidores,e que mesmo assim o deputado teve protagonismo na convenção do PSD,no último sábado,que oficializou a candidatura de Eduardo Paes.

Ceticismo

Vice-presidente nacional do PT e pré-candidato à prefeitura de Maricá,o deputado Washington Quaquá,colega de Pedro Paulo na Câmara,avalia que a gravação do vídeo íntimo traz “zero problema eleitoral”. Para Quaquá,a indicação de Pedro Paulo como vice é parte importante da estratégia de lançar Paes ao governo do estado em 2026.

— Eduardo deveria levar em conta,e o eleitor também,a competência inegável do Pedro Paulo. Para ser nosso candidato a governador,ele (Eduardo) precisa deixar um quadro experiente na prefeitura — afirma.

Na oposição a Paes,o recuo de Pedro Paulo foi recebido com ceticismo. O presidente do diretório municipal do PL,Bruno Bonetti,que é um dos articuladores da candidatura de Alexandre Ramagem,afirma que o prefeito tenta “se antecipar”,mesma expressão usada reservadamente por um aliado de Paes.

— Minha avó já dizia que,se é para tomar injeção,melhor tomar logo. Paes pode estar tentando antecipar uma crise,real ou imaginária. Mas é preciso deixar claro que a campanha do Ramagem não mergulha nessa “esgotosfera”. Queremos fazer uma campanha propositiva,apontando o que está errado na cidade e como melhorar — diz Bonetti

Alguns interlocutores de Paes,por outro lado,avaliam que Pedro Paulo de fato não vai mais ser o vice. Esses aliados acreditam que o deputado realmente quer se preservar de ataques pessoais,após ter sido alvo de opositores durante a campanha à prefeitura em 2016 quando veio à tona uma denúncia de agressão à ex-mulher,Alexandra Marcondes. O caso foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) naquele mesmo ano,seguindo recomendação do então procurador-geral da República (PGR) Rodrigo Janot,que disse não ter identificado provas da agressão.

Mesmo assim,o caso desgastou a imagem de Pedro Paulo,que acabou ficando fora do segundo turno do pleito vencido por Marcelo Crivella (Republicanos). A repercussão desse episódio até hoje preocupa o entorno de Paes.

Opção por Cavaliere

Caso Pedro Paulo de fato não seja o vice,o favorito é o deputado estadual Eduardo Cavaliere (PSD),também do núcleo duro de Paes. Com apenas 29 anos,ele virou rapidamente um homem de confiança do prefeito nos últimos anos,depois de ter atuado como ajudante de ordens na campanha ao governo do estado em 2018. Até junho,ocupava a secretaria de Casa Civil,braço fundamental da administração pública.

No cargo,ao mesmo tempo em que ganhou o apreço de Paes pelas cobranças duras e a obsessão administrativa,acumulou críticas na classe política,especialmente na Câmara Municipal. Vereadores o acusam de não manter diálogo,a despeito de a função da Casa Civil exigir esse tipo de interlocução. Na terça-feira,Paes ouviu reclamações sobre a possível escolha e considerações de que Pedro Paulo era a melhor opção.

Entre as alternativas a Pedro Paulo,Cavaliere sempre foi visto como a principal opção de Paes. É considerado alguém que tem ao mesmo tempo a lealdade política e a capacidade administrativa.

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