"Nos primeiros seis meses do ano,a produção de energia renovável abasteceu 82% do consumo de eletricidade,a contribuição semestral mais alta dos últimos 45 anos",informou a REN,em comunicado.
Segundo a gestora do sistema elétrico nacional,a energia hidroelétrica foi responsável por 39% do abastecimento do consumo,a eólica por 28%,a fotovoltaica por 9% e a biomassa 6%,enquanto a produção através de gás natural foi responsável por 8%,com os restantes 10% a corresponderem ao saldo importador.
Nos primeiros seis meses do ano,o consumo de eletricidade ficou 1,6% acima do verificado no mesmo período do ano anterior,atingindo os 2,5%,considerando efeitos de temperatura e dias úteis.
Já o índice de produtibilidade hidroelétrica fixou-se em 1,33 (média histórica igual a 1),o de eólica 1,06 e o de solar 0,93.
A REN apontou ainda que,em junho,devido às temperaturas abaixo dos valores normais,o consumo de energia elétrica baixou 1,7%,embora com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis se verifique um aumento de 0,7%.
Naquele mesmo mês,a produção renovável abasteceu 57% do consumo,a produção não renovável 4% e a energia importada,que registou o saldo mensal mais elevado de sempre,os restantes 39%.
No mês passado,os índices de produtibilidade situaram-se abaixo dos valores médios (0,91 para o hidroelétrico,92 para o eólico e 0,89 para o solar).
No mercado de gás natural,registou-se em junho uma descida homóloga no consumo de 40%,com uma descida de 96% no segmento de produção de energia e de 3,2% no segmento convencional (que abrange os restantes consumidores).
Até junho,o consumo acumulado anual de gás natural registou uma descida de 19%,explicada por uma quebra de 66% no mercado elétrico,parcialmente compensada por uma evolução positiva de 3,4% no segmento convencional,tratando-se do consumo de gás mais baixo num primeiro semestre desde 2003.
Em junho,o abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de gás natural liquefeito (GNL) de Sines,com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar fortes exportações,equivalentes a cerca de 55% do consumo nacional.
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