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Chuvas no RS revelam sítio arqueológico ocupado há cerca de dez mil anos; veja fotos

Jul 24, 2024 entretenimento IDOPRESS

Chuvas no Rio Grande do Sul revelam o que pode ser um dos maiores sítios encontrados no Estado — Foto: Divulgação/UFMS

RESUMO

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GERADO EM: 24/07/2024 - 04:30

Chuvas revelam sítio arqueológico indígena no RS

Fortes chuvas revelam sítio arqueológico no RS ocupado por indígenas há 10 mil anos,com cerâmicas e pedras lascadas. Descoberta destaca presença guarani e grupos caçadores. Pesquisadores da UFMS investigam achados que podem ser um dos maiores do estado. Investigação em andamento.

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As fortes chuvas que inundaram o Rio Grande do Sul em maio revelaram um sítio arqueológico no município Dona Francisca,habitado por indígenas guaranis e grupos caçadores,coletores e pescadores até dez mil anos atrás,segundo historiadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Pedaços de cerâmicas e pedras lascadas encontrados no local chamaram a atenção de agricultores,que avisaram autoridades. O espaço pode configurar um dos maiores sítios já encontrados no estado.

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Os estudiosos estimam que o local abrigou uma comunidade composta por 300 guaranis,que ocupou a região há cinco mil anos,após migrar da Amazônia em busca de uma floresta úmida e quente encontrada nas margens dos grandes rios do Sul. A aldeia era caracterizada pela horticultura e pelo manejo dos bens naturais,além de sua maneira particular de produção de cerâmica.

— Os guaranis eram a maior população que existia no Rio Grande do Sul quando os europeus chegaram ao Brasil — aponta o pesquisador da UFMS João Heitor Macedo.

Peça encontrada pelos pesquisadores em Dona Francisca — Foto: Divulgação/UFMS

Já as pedras lascadas encontradas pelos moradores indicam que grupos de caçadores-coletores viveram na região há até dez mil anos. O material era utilizado por eles para afiar lanças ou criar objetos cortantes.

O aparecimento das peças ocorreu após as enchentes deste ano inundarem uma plantação de arroz. Ocorreu um processo no qual a chuva lava o solo,que se dilui e vai revelando materiais mais sólidos enterrados com o tempo.

Os achados foram compartilhados pelos moradores,que decidiram procurar a Secretaria de Cultura do município. Então,a pasta entrou em contato com a universidade para a realização da pesquisa. A primeira visita a campo ocorreu no dia 14 de junho e foi liderada por Macedo e pela professora Maria Medianeira Padoin.

— Estamos em uma fase de identificação desta vasta área com acervo na superfície. Ainda não conseguimos coletar tudo. A variedade de materiais indica uma ocupação de longa duração e,com estudos,conseguiremos delimitar melhor a dimensão do sítio — explica Macedo.

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