De acordo com os dados do Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês,este número,numa faixa etária entre 16 e 24 anos,subiu acentuadamente durante o verão,de 13,2% em junho para 17,1% em julho e 18,8% em agosto,um recorde depois de as autoridades do país terem revisto a metodologia do indicador no final do ano passado para excluir os estudantes.
Os fracos dados sobre o emprego dos jovens no verão passado deveram-se à entrada no mercado de trabalho de um número recorde de licenciados - este ano estima-se que sejam cerca de 12 milhões - e às perspetivas cada vez mais sombrias para o mercado de trabalho,afetadas pelo abrandamento da recuperação da segunda maior economia do mundo,noticiou a imprensa local.
A China deixou de publicar dados sobre o desemprego dos jovens em julho do ano passado,depois de este ter atingido um nível recorde de 21,3%,tendo retomado a publicação em dezembro.
Após a exclusão dos estudantes para refletir "de forma mais precisa" que a procura de emprego não era uma prioridade para eles,a taxa situou-se em 14,9% nesse mês.
As autoridades do país colocaram o emprego dos jovens entre as principais prioridades,tanto devido ao efeito negativo no consumo da potencial queda de rendimentos como aos riscos para a estabilidade social,questão vital para Pequim.
As autoridades do país asiático mostraram-se confiantes,na passada sexta-feira,de que a segunda maior economia do mundo "continuará numa tendência de estabilização e recuperação",depois de terem anunciado um pacote de estímulos com medidas de apoio aos setores financeiro e imobiliário e ao mercado bolsista,a fim de relançar a recuperação da segunda maior economia do mundo.
Os analistas afirmaram que o pacote de medidas é "um passo na direção certa",mas "insuficiente" para relançar a recuperação económica da China,a menos que seja acompanhado de um aumento das despesas públicas,uma questão que poderá colidir com as preocupações sobre a sustentabilidade da dívida.
A baixa procura interna e internacional,associada a riscos de deflação,estímulos insuficientes,crise imobiliária e falta de confiança dos consumidores e do setor privado são algumas das causas apontadas pelos analistas para explicar o que está a acontecer na segunda maior economia do mundo.
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