SVU/Mariska Hargitay e Ice-T — Foto: NBC
GERADO EM: 30/06/2024 - 06:29
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Não dá para começar a falar de “Law & Order: SVU” sem um mínimo de contextualização. Ela estreou em setembro de 1999 e é hoje a mais longeva das séries em cartaz. Os recordes se multiplicam: a produção coleciona seis Emmys,outras tantas indicações ao prêmio,e conserva desde o início a mesma protagonista adorada pelo público fiel,Mariska Hargitay. A 25ª temporada acaba de chegar ao UniversalTV (o leitor entra pelo Globoplay). Há quatro episódios disponíveis lá. A trama conserva o fôlego de sempre. Vale conferir.
O impulso inesgotável da produção se explica por sua própria natureza. É que ela espelha a violência cotidiana de Nova York. Com frequência,seus roteiros bebem nos noticiários dos jornais. Essa sintonia com a atualidade é a chave para uma fonte perfeita de frescor. Os crimes continuam acontecendo na vida real,e “SVU” segue empolgando. Só na improvável hipótese de um dia a paz absoluta reinar na cidade,a série perderá o interesse do espectador.
Ao longo dos anos,o enredo enveredou por temas importantes. Por exemplo,retratou o #MeToo e,durante a pandemia,teve um episódio centrado em ladrões interceptando caminhões carregados com vacinas anti-Covid. Nos episódios que chegaram agora,as tramas são ficcionais,mas realistas,e abordam violência sexual contra mulheres e tráfico humano.
Mariska Hargitay — Foto: NBC
A disposição de Olivia Benson (Mariska) para prender os malfeitores continua intocada. Mas ela já não é vista em tantas cenas correndo atrás de bandidos. Num dos novos episódios,ela sobe brevemente numa escadinha até um barco estacionado numa marina e só. Ao longo dos anos,foi escalando a hierarquia na delegacia também.
Seu grande parceiro por muitas temporadas Elliot Stabler (Christopher Meloni) deixou a história,assim como o antigo capitão (Dann Florek). O detetive Tutuola (Ice-T) é o único que segue com ela desde os primórdios. Há um elenco todo novo de agentes. Olivia agora é a chefe e tem um filho que adotou. A mãe biológica é uma vítima em cuja investigação ela esteve diretamente envolvida. Assim,vemos que o tempo passou também na vida privada dos personagens,um arco maior da história.
Agora,os peritos sabem apontar a idade quase exata de um grupo de estupradores. Maravilhas do exame de DNA. Um aparelho com raios infravermelhos também ajuda a saber quantos criminosos estão escondidos dentro de um prédio. Coisa que já encantava muito os espectadores de “CSI”. A tecnologia é outro sinal de que a ação avança.
O roteiro continua esquemático,fragmentado de forma a cumprir a duração dos blocos de um programa da TV aberta. Quem acompanha a série há anos já conhece seu ritmo. Os diálogos parecem um pouco mais didáticos,o que irrita. Mas “SVU” continua deliciosa,eficiente e com suas surpresinhas,um clássico.
© Reportagem diária do entretenimento brasileiro