Tarcísio de Freitas em seu gabinete — Foto: Agência O Globo
Tarcísio de Freitas já sinalizou a aliados qual é sua próxima missão após o fim do segundo turno. O governador de São Paulo vai entrar em campo para tentar pacificar a relação entre Jair Bolsonaro e o secretário de governo de sua gestão e presidente do PSD,Gilberto Kassab.
Tarcísio de Freitas se vê na mira da direita e da esquerda após segundo turnoPlanilha do PL contraria Flávio Bolsonaro sobre senadores pró-impeachmet de Moraes
Bolsonaro voltou à carga com críticas a Kassab,não só a portas fechadas,mas também publicamente. Em entrevistas recentes,o ex-presidente disse que o PSD “é uma partido de negócios” e questionou o fato da sigla ter ministérios no governo Lula e secretaria no governo do estado paulista. Kassab costuma responder às críticas falando que “diálogo não é fisiologismo”.
Aliados do ex-presidente avaliam que Bolsonaro sente “certo ciúme” do espaço que Kassab ocupa na gestão Tarcísio e defendem que o governador ofereça secretarias,como a da Educação e da Justiça,para afilhados políticos do capitão. Para eles,esse seria um caminho para apaziguar os ânimos.
Há alguns meses,o próprio Tarcísio se queixou a pessoas próximas sobre a falta de gestos de Kassab para melhorar o clima com o ex-presidente. Uma das principais críticas do governador foi a ofensiva intensa de Kassab,no primeiro semestre,para atrair prefeitos de outras legendas ao PSD. A leitura que Tarcísio chegou a fazer a aliados é que o excesso de ambição poderia afetar a possibilidade de construir alianças para 2026.
Se o governador decidir concorrer à Presidência na próxima eleição,terá que trabalhar para ter não só o aval de Bolsonaro,mas unir no mesmo palanque o ex-presidente e Kassab,um dos principais desafetos políticos do capitão.
© Reportagem diária do entretenimento brasileiro