A taxa referencial de juros (LPR,na sigla em inglês) a um ano,que constitui a referência para as taxas mais vantajosas que os bancos podem oferecer às empresas e às famílias,foi reduzida de 3,35% para 3,1%. A LPR a cinco anos,taxa de referência para o crédito à habitação,85% para 3,6%.
Estas duas taxas foram reduzidas pela última vez em julho e encontram-se atualmente em níveis historicamente baixos.
Esta medida surgiu poucos dias depois de a China ter registado o crescimento trimestral mais fraco em ano e meio,no terceiro trimestre,sublinhando os problemas económicos que o país enfrenta.
O principal obstáculo à atual recuperação é a persistente crise no setor imobiliário,que foi nas últimas décadas um dos principais motores do crescimento chinês. O setor encontra-se em sérias dificuldades,com promotores endividados,edifícios inacabados e preços em queda,mesmo nas grandes cidades.
Na quinta-feira,as autoridades anunciaram que vão aumentar os empréstimos para projetos imobiliários inacabados para o equivalente a mais de 500 mil milhões de euros. Prometeram também facilitar a renovação de um milhão de casas,numa medida destinada a estimular a atividade do setor da construção.
Num contexto de desvalorização do principal ativo das famílias chinesas,a fraca confiança dos consumidores também suscitou pressões deflacionárias.
O índice de preços no consumidor (IPC),o principal indicador da inflação,aumentou 0,4% em setembro,em termos homólogos,menos do que o previsto e um sinal de fraqueza persistente do lado da procura.
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