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Câmara do Porto permite abate de sete das 48 árvores da IP na Prelada

Oct 23, 2024 estilo de vida saudável IDOPRESS

"Aquilo que iria ser um abate massivo,afinal representa só o abate de sete árvores",afirmou,em declarações à Lusa,o vice-presidente da Câmara do Porto,Filipe Araújo.

 

Em março,o município do Porto suspendeu o abate de árvores,que servem como barreira acústica na Prelada,junto à Via de Cintura Interna (VCI),por não ter sido informado da intenção da Infraestruturas de Portugal (IP).

Em causa estava o abate de cerca de 60 choupos na rua Maria Lamas. Antes da suspensão,a IP chegou a abater uma dezena de árvores,com cerca de 60 anos,avançou à época Filipe Araújo,que também detém o pelouro do Ambiente.

À Lusa,Filipe Araújo esclareceu hoje que a IP entregou uma proposta e relatório para o abate de sete das 48 árvores naquela zona da cidade,tendo a autarquia entendido permitir o respetivo abate.

As sete árvores "apresentam problemas biomecânicos devido às copas esguias e pouco ramificadas",o que poderá comprometer pessoas e bens,esclareceu.

"Isto prova que,afinal,não estavam todas as árvores em mau estado",afirmou Filipe Araújo,acrescentando que os restantes exemplares vão sofrer "uma intervenção ao nível da poda".

Questionado se o abate pressupõe a plantação de novos exemplares,o vice-presidente afirmou que a situação ainda está a ser avaliada com a IP.

Em março,o presidente da Câmara do Porto,Rui Moreira,condenou a atuação da IP relativamente a esta matéria.

"Sem que a Câmara Municipal do Porto tivesse sido informada,a IP resolveu deitar abaixo um conjunto extenso de árvores - cerca 60 árvores que ladeiam a VCI [Via de Cintura Interna] - e nós,pura e simplesmente,não fomos informados dessa situação",disse.

Também na altura,o comandante da Polícia Municipal,Leitão da Silva,esclareceu que um dos abates estava a ser feito sobre uma das faixas de rodagem da VCI "sem cumprir os 'standards' mínimos de segurança".

Em resposta então à Lusa,fonte oficial da IP referiu que "os serviços operacionais foram previamente informados da necessidade e do motivo que levou à necessidade do corte de trânsito".

Já num comunicado enviado às redações,a IP informou que as árvores,de idade avançada,tinham "problemas fitossanitários,estando em causa a estabilidade das mesmas",tendo promovido,nos últimos anos,"diversas ações com o objetivo de obter a regeneração das referidas árvores,sem que,no entanto,tenha sido possível reverter a situação".

A decisão de abate "tem por base uma avaliação por parte dos serviços técnicos e ambientais da IP",visando "garantir as condições de segurança de pessoas e bens".

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