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Adolescente não brinca com fogo – nem seus pais

Nov 15, 2024 estilo de vida saudável IDOPRESS

Estados vivem aumento de meningite e baixa cobertura vacinal — Foto: Unsplash

RESUMO

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GERADO EM: 14/11/2024 - 17:49

Alerta: Aumento de Meningite no RJ

A Secretaria de Saúde do RJ alerta para o aumento dos casos de meningite meningocócica no Rio,com 12 casos e 2 mortes. A vacinação,especialmente de adolescentes,é crucial para prevenir a doença. Baixa cobertura vacinal aumenta o risco de infecções. Além da vacina meningocócica,é importante manter a carteira de vacinação em dia,incluindo HPV e DTPa. Prevenir é fundamental para evitar doenças graves.

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A Secretaria de Estado de Saúde do RJ registrou um aumento de casos de meningite meningocócica no Rio. Até o último dia 4,já haviam sido confirmados 12 casos e duas mortes este ano. Isso equivale ao dobro de casos confirmados entre 2017 e 2020. No ano passado,não houve notificações.

No Brasil,neste ano já foram registrados 646 casos de meningite meningocócica. Há um aumento gradual de registros desde 2021,quando foram notificados 251 casos.

A meningite meningocócica é uma doença bacteriana gravíssima,que pode levar à morte ou a sequelas incapacitantes. A bactéria que causa a doença,a Neisseria Meningitidis,se apresenta com 5 cepas mais comuns: A,B. C,W e Y.

A vacina meningocócica,que imuniza contra a meningite meningocócica,é aplicada aos 3 e 5 meses nos bebês com dose de reforço entre 12 e 15 meses.

No setor privado é possível obter a vacina ACWY para substituir a C,que oferece proteção contra as cepas A,W e Y,mas que não são as mais prevalentes. Os adolescentes de 11 a 14 anos também podem receber essa vacina gratuitamente pelo SUS,o que é muito importante: há uma maior frequência de casos nesta fase da vida.

A segunda cepa mais comum no Brasil,depois da C,é a B,cuja proteção também é oferecida pelo setor privado: duas doses aos 3 e 5 meses,e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses. Para os maiores de um ano,duas doses com dois meses de intervalo são suficientes para proteger contra a doença.

Um dos maiores problemas do PNI é a baixa cobertura vacinal dos adolescentes com a vacina ACWY. No Rio e em Brasília,por exemplo,a cobertura não chega a 35% da população de 11 a 14 anos,o que é totalmente insuficiente e aumenta o risco de infecções,mortes e sequelas.

Peço a todos os meus leitores que vacinem com urgência seus adolescentes – e não esqueçam também de outras vacinas importantes,como a HPV (agora em dose única no SUS,e a opção de uma vacina mais completa no setor privado,a nonavalente),e a DTPa,que infelizmente ainda não está disponível no SUS. O setor privado inclui o componente contra a coqueluche,e estamos vendo um aumento importante de casos dessa doença,a maioria entre adolescentes.

Não brinque com fogo nem com o risco de doenças graves. Mantenha a carteira de vacinação de seus filhos em dia,até a vida adulta – quando eles também deverão se responsabilizar por continuar se protegendo de doenças.

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