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Acordo UE-Mercosul? É de "grande importância económica e estratégica"

Nov 18, 2024 estilo de vida saudável IDOPRESS

Numa nota divulgada nas redes sociais,Ursula von der Leyen,após o encontro com Lula da Silva,na cidade brasileira do Rio de Janeiro,frisou que o acordo UE-Mercosul é de "grande importância económica e estratégica".

 

Estas declarações contrastam com as do Presidente francês que hoje afirmou ao seu homólogo argentino que a França se opõe ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e que espera negociações entre os países envolvidos.

"Não acreditamos no acordo tal como foi negociado",e fechado em 2019,afirmou Emmanuel Macron aos 'media' franceses em Buenos Aires,no final de uma visita à Argentina,durante a qual se encontrou com o presidente deste país,Javier Milei.

Ursula von der Leyen encontra-se no Rio de Janeiro para participar entre segunda e terça-feira na cimeira do G20,na qual os líderes das principais economias mundiais vão discutir reformas das instituições internacionais,transição energética e adesão a uma aliança contra a fome.

A presidente da Comissão Europeia destacou ainda que "a Europa apoia plenamente a Aliança Global contra a fome e a Pobreza",que será oficialmente lançada,na segunda-feira,por Lula da Silva no início dos trabalhos da cimeira.

A iniciativa prevê a criação de uma plataforma global onde os países poderão incluir os seus programas de erradicação da fome e da pobreza,estabelecendo os seus próprios planos e metas,e os membros da Aliança ajudarão a atingir esses objetivos com contribuições financeiras.

A plataforma servirá também para partilhar experiências,tecnologias e conhecimentos sobre os planos bem-sucedidos.

A 08 de novembro,o ministro português dos Negócios Estrangeiros,Paulo Rangel,declarou que Portugal se associa à Aliança do G20 Contra a Fome e a Pobreza como membro fundador e que o faz "com grande empenho e entusiasmo".

As reuniões de segunda-feira e terça-feira no Rio de Janeiro serão presididas pelo chefe de Estado brasileiro,Lula da Silva,país que este ano assumiu a liderança do grupo das 20 maiores economias do mundo,que agregam cerca de dois terços da população mundial,85% do Produto Interno Bruto (PIB) e 75% do comércio internacional.

Para além dos representantes dos países membros plenos do grupo,mais a União Europeia e a União Africana,são esperados representantes de 55 países ou organizações internacionais,entre os quais Portugal - país convidado pelo Brasil -,que será representado pelo primeiro-ministro,Luís Montenegro,Angola e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Entre os principais líderes que estarão no Museu de Arte Moderna (MAM) destaca-se o Presidente cessante dos Estados Unidos,Joe Biden,e o líder chinês,Xi Jinping. Ambos terão agendas paralelas,com Biden a deslocar-se antes à capital amazónica de Manaus e com Xi a visitar Brasília para um encontro com Lula da Silva,um dia após terminar a cimeira.

O principal ausente será o Presidente russo,Vladimir Putin,representado pelo seu chefe da diplomacia,Sergei Lavrov,já que o Tribunal Penal Internacional tem um mandado de prisão contra Putin por crimes de guerra no conflito na Ucrânia.

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