Mauro Cid,ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro — Foto: Cristiano Mariz
GERADO EM: 18/11/2024 - 21:56
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
A Polícia Federal intimou o tenente-coronel Mauro Cid,ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL),a prestar um novo depoimento. A oitiva acontece nesta terça-feira,às 14 horas,na sede da PF em Brasília.
Entenda: Presidente de órgão do governo de SC ligado a parceria milionária sem licitação com empresa recém-criada deixa o cargoDerrota para o governo: Senado exclui possibilidade de bloqueio de emendas e desobriga destinação à saúde
A PF recuperou dados que haviam sido apagados de aparelhos eletrônicos de Cid,como mostrou o blog de Daniela Lima,do G1. A ideia é questioná-lo sobre eventuais omissões de sua colaboração premiada,que está sendo reanalisada pelos investigadores.
Em nota,a defesa do coronel disse que ele "sempre esteve à disposição da Justiça,respondendo a tudo que lhe perguntado". "Se ainda há algo a ser esclarecido,ele o fará,com toda presteza",acrescenta o texto.
Os arquivos apagados foram acessados por meio de um software israelense da perícia da Polícia Federal. De acordo com os investigadores,a descoberta dessas informações atrasaram a conclusão do inquérito sobre a suposta trama golpista que foi articulada no Palácio do Planalto no fim de 2022.
A PF investiga se o ex-presidente Jair Bolsonaro mobilizou ministérios e órgãos públicos para planejar uma forma de se manter no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL).
A colaboração de Cid foi firmada pela Polícia Federal com o aval do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes,em setembro do ano passado. Alguns meses depois,ele criticou a própria colaboração,dizendo que foi pressionado a "confirmar a narrativa deles",segundo áudios de WhatsApp revelados pela revista Veja.
Cid,então,voltou a ser preso pela acusação de tentar tumultuar a investigação e foi solto dois meses depois. Ao Supremo,ele reafirmou o conteúdo da sua delação e a voluntariedade dos depoimentos.
Um acordo de colaboração prevê o compromisso do delator em falar tudo o que sabe sobre o caso sob apuração. Caso não cumpra esse pacto,ele corre o risco de ter os benefícios da delação anulados.
© Reportagem diária do entretenimento brasileiro