Gabriel Leone/Senna — Foto: Netflix
GERADO EM: 28/11/2024 - 18:14
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O carioca Gabriel Leone decidiu apostar em uma estratégia específica para não derrapar no sotaque paulistano do piloto Ayrton Senna (1960-1994),alvo de uma minissérie de seis episódios que estreia nesta sexta-feira (29) na Netflix — ele passou um ano tentando replicar o modo de falar do esportista,mesmo fora do set de filmagens,para não correr riscos nos momentos de gravação.
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O projeto,em seis episódios,é dirigido por Vicente Amorim e Julia Rezende. A construção do visual do personagem,conta Leone,foi baseada na caracterização com maquiagem e figurino,sem próteses. O que surpreendeu até o próprio artista "O trabalho do maquiador foi meio inacreditável",diz.
— O sotaque eu decidi botar na minha vida,então eu fiquei o ano passado inteiro falando como paulista,porque eu queria que isso estivesse muito orgânico em cena. Não queria me preocupar em fazer um sotaque e eventualmente errar. Quis que isso estivesse fluido — entrega. — Prestei muita atenção nos olhos do Ayrton. O olhar dele sempre disse muito,sempre foi muito expressivo. Foi o meu ponto de encontro com essa alma,com essa essência.
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Leone confirma que encara a trajetória de Senna,contada na produção,como um enredo de herói. Diz,ainda,que se impressiona sobre como a figura do piloto,morto há 30 anos num acidente na Itália,no circuito de Ímola,é considerada uma "unanimidade".
– Posso dizer que ele é um dos nossos grandes heróis,se não o grande herói. E ainda tem essa coisa do uniforme,que é o macacão e o capacete. Tem uma aura. Acho,porém,que o Senna não estava só nesse lugar idealizado,meio utópico. Eu acho que ele era um herói de verdade,real — diz. — Não só por ser um dos maiores,se não “o” maior,piloto de todos os tempos. É também por fazer questão de deixar claro o quão brasileiro ele era e seu orgulho disso. As pessoas se identificavam com ele,independente da história familiar (de Senna) você se sentia próximo dele,inspirado.
Gabriel Leone como Senna,em série da Netflix: “É impressionante como era e seguirá uma unanimidade” — Foto: Divulgação/Guilherme Leporace/Netflix
O seriado,enxerga Leone,tem a possibilidade de apresentar o piloto aos mais jovens,com menos de 30 anos,que não viram Senna deslizando pelas pistas de Fórmula 1.
— Mesmo tendo a finitude material,a importância,a relevância,o exemplo,os pensamentos dele,as ideias,permanecem presentes,não só para os brasileiros,mas para os fãs ao redor do mundo. Então é uma finitude,porém nem tanto,é uma finitude no sentido material,mas o legado está aí.
“Senna”,que tem seus seis episódios disponíveis a partir de sexta-feira (29) na Neftlix,contou com pelo menos R$ 250 milhões investidos,15 mil pessoas envolvidas,entre equipe técnica,elenco,coadjuvantes,pós-produção,sendo 231 delas no elenco babélico,em 325 diárias. A expectativa,portanto,era enorme.
— Nosso sonho é que essa seja a obra de maior repercussão no nosso audiovisual. Produzida a partir do Brasil,mas com alcance global. É impressionante como (30 anos após sua morte) Senna ainda é visto como grande exemplo em todo o mundo — aumentou ainda mais o ronco do motor o produtor Fabiano Gullane.
A conversa do GLOBO com Fabiano e seu irmão Caio se deu há um ano e três meses,no intervalo das filmagens que reconstituíam,no Autódromo de Buenos Aires,alguns dos momentos mais icônicos do GP Brasil de 1991,quando Senna venceu em casa pela primeira vez. O título almeja ser um divisor de águas no streaming,um produto tipo exportação com potencial de sucesso comercial aqui e lá fora,exatamente como o foi Ayrton Senna da Silva.
© Reportagem diária do entretenimento brasileiro