"O escoamento [do vinho] é dos maiores problemas este ano [...]. No ano passado,gastaram-se 18,6 milhões de euros para a destilação,com uma autorização excecional da comissão europeia. Não se pode andar todos os anos a dizer que vamos ter uma exceção,quando outros Estados-membros têm avançado para a destilação com recursos do Orçamento do Estado",afirmou o ministro José Manuel Fernandes,em resposta aos deputados,na Comissão de Agricultura e Pescas.
O governante assegurou ainda que o executivo está em diálogo com a Comissão Europeia tendo em vista encontrar uma solução para este problema.
José Manuel Fernandes disse ainda ser objetivo do Governo reforçar a qualidade destes produtos,mas vincou que,nas visitas que tem feito,constatou que Portugal tem "um vinho de grande qualidade",destacando ainda as competências dos enólogos nacionais.
Por outro lado,anunciou que o Governo vai "aumentar fortemente" a fiscalização,de modo a que não entre,ilegalmente,vinho no país.
O titular da pasta da Agricultura aproveitou ainda para sublinhar o trabalho que tem sido desenvolvido pelos secretários de Estado da Agricultura,João Moura,das Florestas,Rui Ladeira,e das Pescas,Cláudia Monteiro de Aguiar,que disse facilitar as suas próprias tarefas.
Ainda sobre a destilação,o governante referiu que,a acontecer,não pode beneficiar quem importou vinho nos últimos três anos.
"É inaceitável. Não pode ser um negócio,que prejudica todos,sobretudo,os pequenos produtores",concluiu.
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