"Relativamente às carreiras e às situações de precariedade,o que os trabalhadores afirmaram foi,caso daqui por um mês não haja resposta,voltamos ao Ministério das Finanças para exigir resposta",disse à Lusa Célia Lopes,do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).
Aquele sindicato tinha pedido uma audiência com o ministro das Finanças,Joaquim Miranda Sarmento,mas foi hoje recebido por uma adjunta do secretário de Estado do Tesouro e Finanças,João Silva Lopes,enquanto os trabalhadores estiveram reunidos em plenário,à porta do Ministério.
Os trabalhadores exigem a integração nos quadros da Silopor dos mais de 20 trabalhadores de empresas de trabalho temporário,alguns dos quais a prestar serviço diariamente na Silopor desde 2019,a valorização dos seus salários e carreiras profissionais,através da negociação da atualização do Acordo de Empresa para 2024,e o descongelamento das carreiras profissionais e recuperação do tempo de serviço prestado durante os anos da 'troika'.
Estas reivindicações levaram à realização de uma greve em 31 de janeiro,altura em que o então ministro das Finanças,Fernando Medina,remeteu para o governo seguinte a resolução do problema da empresa pública que está em liquidação há mais de 20 anos.
Segundo o CESP,as Finanças transmitiram hoje que estão a analisar o processo,mas não se comprometeram com um prazo para respostas.
"Os trabalhadores vão continuar a insistir,vão dar agora um tempo para o ministério analisar,mas não estamos disponíveis para esperar mais três ou quatro meses",apontou Célia Lopes.
O sindicato pediu ainda uma reunião com a comissão liquidatária,para esta semana,com o objetivo de abordar questões ligadas à segurança de trabalho e saúde.
Em liquidação desde 2001 por decisão da Comissão Europeia,mas a dar lucro desde 2016,a Silopor pertence ao setor empresarial do Estado e é gerida por uma comissão liquidatária cujo mandato foi prolongado até junho de 2025,a mesma altura em que acaba o contrato de concessão do Porto de Lisboa à empresa.
Em janeiro,Fernando Medina disse que a solução já estava "delineada" e "organizada",mas não adiantou mais detalhes.
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