O suplemento extraordinário para pensões mais baixas,que o primeiro-ministro,Luís Montenegro,anunciou na passada semana,fará com que cerca de 1,4 milhões de pensionistas recebam um 'cheque' de 200 euros em outubro,o que representa 55% do total de reformados abrangidos pela medida,avança esta segunda-feira o Jornal de Negócios.
De acordo com esta publicação,esta é a fatia de pensionistas que têm reformas mais baixas,ou seja,até 509,26 euros. Estas pessoas recebem,assim,perto de dois terços do custo total da medida,isto é,278 milhões de euros dos 422 milhões que o bónus vai custar ao Estado.
Os restantes 144 milhões de euros vão para os outros pensionistas abrangidos pela medida,que vão receber,como anunciou o Chefe de Governo na passada quarta-feira,150 euros extra se tiverem reformas entre 509,26 euros e os 1.018,52 e 100 euros se tiverem pensões entre 1.018,52 e 1.527,78 euros.
Ainda segundo o Negócios,a atribuição deste suplemento extraordinário está relacionada com o bom desempenho da receita fiscal que será confirmada na execução orçamental de julho com divulgação prevista para o dia 30 deste mês. Em causa,está o adiamento da entrega anual de rendimento das empresas,cujo prazo terminou a 15 de julho.
Recorde-se que,durante o anúncio,Luís Montenegro afirmou que a sua "vontade" seria que estes valores pudessem responder a um aumento das pensões de "forma permanente" para os próximos anos,mas que isso não é possível neste momento.
A CGTP reagiu a estas declarações,alertando que o suplemento extraordinário anunciado pelo primeiro-ministro não pode ser pretexto para aumento "aquém do necessário",uma vez que só uma subida "significativa das pensões e reformas" garantirá "condições e qualidade de vida aos reformados e pensionistas".
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