Reformas no Roxy estão a todo vapor,com abertura prevista para outubro — Foto: Ana Branco
A espera tem dia para terminar. Em 17 de outubro,uma quinta-feira,o Roxy,que em 2028 celebrará seu centenário,voltará a receber cariocas e turistas ávidos por cultura e entretenimento. Nas palavras de Alexandre Accioly,um dos sócios do novo projeto,ao lado da DC7,comandada por Dody Sirena,o espaço será a "casa do Brasil".
"Sinto que o Rio precisa de um lugar como este. As pessoas não conseguem ter noção do que está acontecendo naquela esquina",comenta Accioly,referindo-se ao cruzamento da Av. Nossa Senhora de Copacabana com a Rua Bolívar.
A reforma do Roxy vai levar um ano e sete meses,com um investimento total de,veja só,R$ 65 milhões. Este novo momento trará de volta a nostalgia dos anos dourados da inauguração do local,na década de 1930. Diversos ambientes,inclusive,foram restaurados sob a orientação dos arquitetos Sérgio Dias e Ana Lúcia Jucá,respeitando as normas dos órgãos de preservação do patrimônio cultural.
"As grandes metrópoles possuem casas como essas. Paris tem o Moulin Rouge,Buenos Aires tem o Señor Tango,Nova York tem a Broadway. Eu brinco que,quando o Roxy reabrir,o Moulin Rouge terá que fechar para reformas. Eles vão precisar se reinventar",afirma Accioly.
O espetáculo de estreia,como já se sabe,será intitulado "Aquele abraço",referência clara à música de Gilberto Gil. Com direção artística de Abel Gomes,o show será uma recriação,no palco,da apoteótica cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio,em 2016.
Outros números também mostram a imponência do Roxy: serão 280 profissionais trabalhando diariamente no local,de quinta a domingo (a partir de dezembro,também haverá apresentações às quartas-feiras). Somente na parte artística,110 pessoas estarão envolvidas,com pelo menos 60 no palco. No setor de figurinos,que terá a assinatura de Gabriel Haddad e Leonardo Bora,serão 350 fantasias.
Antes da grande apresentação,que irá das 21h às 23h,a casa será aberta para jantares especiais. Chefs serão convidados para assinar o "menu" do Roxy a cada temporada. O primeiro será o carioca Danilo Pará.
"Serão noites inesquecíveis. Quem visita o Rio costuma ficar de duas a três noites. E é justamente à noite que falta o que fazer. Não há um equipamento de alto nível para as famílias",conclui o empresário.
© Reportagem diária do entretenimento brasileiro