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'Primaverão': nova estação deverá ser marcada por ondas de calor, riscos de queimadas e temperaturas acima da média histórica; veja previsão

Sep 21, 2024 Filmes IDOPRESS

Rio terá fim de semana de calor e sem previsão de chuva — Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo / Arquivo

RESUMO

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GERADO EM: 21/09/2024 - 04:01

Primavera de 2024: Ondas de calor intensas no Brasil

Primavera de 2024 trará ondas de calor intensas ao Brasil,afetando Centro-Oeste,Nordeste e Sudeste. La Niña contribuirá para temperaturas acima da média,aumentando riscos de queimadas e impactos na agricultura. Cuidados necessários para evitar problemas de saúde decorrentes do calor extremo. Medidas incluem hidratação,roupas leves e evitar exposição ao sol entre 10h e 16h.

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O Brasil deve experimentar ondas de calor intensas durante a primavera de 2024,especialmente nas regiões Centro-Oeste,Nordeste e Sudeste,onde as temperaturas acima da média histórica poderão ser uma das principais preocupações da estação. Segundo o Prognóstico Climático para a Primavera de 2024,publicado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet),essa estação será marcada por episódios de calor extremo,influenciados pelo fenômeno La Niña,com impactos tanto na saúde pública quanto na agricultura.

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O calor deve ser um problema recorrente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. O ar seco e a irregularidade das chuvas vão intensificar os períodos de temperaturas elevadas,com maior risco de ondas de calor entre outubro e dezembro.

As precipitações,que retornam gradualmente a partir de outubro,não serão suficientes para impedir o avanço da seca em partes dessas regiões,afetando diretamente a agricultura,principalmente nas fases iniciais do plantio de soja e milho. O Inmet alerta que a primavera será um período crítico para monitoramento,visto que as altas temperaturas podem acentuar a evaporação do solo,prejudicando as plantações.

Tempo firme segue pelos próximos dias após fim de semana de sol e calor no Rio — Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

Na Região Norte,especialmente no sul da Amazônia,a combinação de calor intenso e baixa umidade trará um aumento na incidência de queimadas e incêndios florestais,com outubro sendo o mês mais crítico.

A previsão indica menos chuvas do que o esperado para o período,tornando a região ainda mais suscetível ao fogo. Em contrapartida,áreas como o sudoeste do Amazonas e o Acre podem receber volumes de chuvas dentro ou acima da média,mas ainda enfrentam riscos relacionados ao calor prolongado.

O Nordeste também será afetado pelo calor,especialmente no interior e oeste da região,onde as temperaturas devem ultrapassar a média histórica. O fim da estação chuvosa trará meses mais secos para grande parte do território,com alto risco de ondas de calor,principalmente nos estados do Piauí e Maranhão. O sudeste da Bahia será uma exceção,com chance de registros chuvas mais próximas da média,o que deve amenizar a situação no local.

Calor durante o inverno no Rio. Praia de Ipanema e Arpoador. — Foto: Alexandre Cassiano

A Região Sul terá uma primavera marcada pela irregularidade das chuvas. Estados como Paraná e Santa Catarina devem registrar precipitações abaixo da média,o que poderá impactar o solo e prejudicar as lavouras. No entanto,o Rio Grande do Sul pode apresentar chuvas mais regulares,favorecendo as plantações. A chegada de ondas de calor em dezembro também ameaça a umidade do solo,essencial para a nova safra agrícola.

De acordo com o Inmet,o calor extremo durante a primavera será impulsionado por altos níveis de radiação solar e padrões climáticos intensificados pelo La Niña; a situação deverá colocar as regiões mais quentes do país em estado de alerta.

Chove forte em Petrópolis,nessa tarde — Foto: Domingos Peixoto

Para ser caracterizado como onda de calor — expressão que se popularizou no ano passado após nove ocorrências do fenômeno —,é preciso ficar pelo menos cinco graus acima da média por um período de cinco dias ou mais.

O cenário,conforme explicam os especialistas,tem implicações diretas na saúde pública,com o aumento questões relativas à desidratação e problemas respiratórios,além dos impactos na agricultura,com risco de perdas em culturas sensíveis ao calor e à falta de água.

Saiba quais são os riscos e como se proteger em uma onda de calor

A insolação é um dos principais problemas associados à exposição ao calor extremo e acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40°C. Essa condição,considerada grave,é decorrente da incapacidade do corpo em controlar a própria temperatura. Os sintomas da insolação incluem: elevação da temperatura corporal; pele vermelha; quente e seca; dor de cabeça; tontura; náusea; confusão mental; e,em casos extremos,perda de consciência.

Durante período de baixa umidade do ar,hidratação é fundamental — Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo/Arquivo

Outro problema comum é a desidratação,causada pela perda significativa de água e eletrólitos,o que é frequente em situações de calor intenso e suor excessivo. Outra condição que pode ocorrer é a exaustão pelo calor,resultado da perda de água e sais minerais e inclui sintomas similares a insolação como: fraqueza,dor de cabeça,náusea e tontura.

Além desses quadros causados especificamente pelo calor,as altas temperaturas agravam doenças pré-existentes. O calor pode impactar gravemente sete órgãos: cérebro,coração,intestinos,fígado,rins,pulmões e pâncreas.

Os cuidados se estendem a toda população,principalmente para quem possui algum fator de risco como: doenças transmissíveis ou crônicas,dos tipos cardiovasculares,respiratórias,renais,metabólicas,endócrinas,psiquiátricas,além de diabetes,hipertensão,obesidade,câncer,entre outras condições crônicas preexistentes. Pessoas que trabalham ao ar livre e ficam mais expostas ao calor por períodos prolongados,também devem redobrar os cuidados.

Outras formas de reduzir os riscos do calor extremo são:

Evitar as atividades ao ar livre,especialmente durante o período mais quente do dia;Usar roupas leves e de cores claras para aumentar a evaporação do suor,a principal maneira de o corpo se resfriar;Proteja as crianças com chapéu de abas;Não deixe crianças ou animais em veículos estacionados;Diminua os esforços físicos e repouse frequentemente em locais com sombra,frescos e arejados;Beber água fresca ao longo do dia,em vez de grandes quantidades de uma vez só. Uma dica para saber se a hidratação está adequada é a cor do xixi. Ele deve estar transparente. Se estiver amarelo,é sinal de que a ingestão de água não está adequada.;Se possível,ficar em lugares com ar condicionado. Em veículos sem ar-condicionado,deixe as janelas abertas;Use protetor solar;Use chapéus e óculos escuros;Diminua os esforços físicos e repouse frequentemente em locais com sombra,frescos e arejados;Evite bebidas alcoólicas e com elevado teor de açúcar;Faça refeições leves,pouco condimentadas e mais frequentes;Recém-nascidos,crianças,idosos e pessoas doentes podem não sentir sede. Ofereça-lhes água;Se possível,feche cortinas e/ou janelas mais expostas ao calor e facilite a circulação do ar;Abra as janelas durante a noite;Utilize menos roupas de cama e vista-se com menos roupas ao dormir,sobretudo,em bebês e pessoas acamadas;Mantenha ambientes úmidos com umidificadores de ar,toalhas molhadas ou baldes de água;Procure aconselhamento médico se sofrer de uma doença crônica condição médica ou tomar vários medicamentos;Busque ajuda se sentir tonturas,fraqueza,ansiedade ou tiver sede intensa e dor de cabeça;Se sentir algum mal-estar,busque um lugar fresco o mais rápido possível,meça a temperatura do seu corpo e beba um pouco de água ou suco de frutas para reidratar;No período de maior calor,tome banho com água ligeiramente morna. Evite mudanças bruscas de temperatura.Em períodos de ondas de calor,como a que atinge o Brasil nestes dias,a recomendação dos especialistas é evitar ao máximo a exposição ao sol e ao calor,principalmente entre 10h e 16h.

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