A NOS organiza na quinta-feira o Digital Operational Resilience Summit (DORS),no Olissippo Oriente Hotel,em Lisboa,onde os desafios da cibersegurança e da resiliência das tecnologias vão estar em destaque.
"Atualmente,verificamos uma evolução dos ciberataques,tanto em volume como em complexidade",afirma João Ricardo Moreira,acrescentando que isso faz "com que toda a preparação,monitorização,deteção e resposta a ciberataques se tornem também mais complexos".
Além disso,"a evolução do panorama regulatório na Europa,mais concretamente com a necessidade do cumprimento rigoroso do regulamento DORA e diretiva [de segurança das redes e sistemas de informação] NIS2,sob pena de coimas muito elevadas em caso de não conformidade,coloca a cibersegurança no topo das prioridades para as empresas e organizações portuguesas".
A transposição da diretiva sobre cibersegurança NIS2 [Network and Information Security] já deveria ter acontecido,mas vai entrar em consulta pública e deverá chegar à Assembleia da República em dezembro.
DORA é um acrónimo derivado de 'Digital Operational Resilience Act',diz respeito à Lei de Resiliência Operacional Digital,com aplicação direta a partir de 17 de janeiro de 2025.
Sobre o atraso da transposição da NIS2,o administrador da NOS Comunicações sublinha que "estão a ser feitos muitos progressos para que esse atraso seja recuperado nos próximos meses".
"É uma oportunidade para que as milhares de organizações em Portugal que são abrangidas se consigam preparar e estar em 'compliance' [conformidade],mesmo tendo em conta a exigência da quantidade de requisitos e o seu tempo de implementação",sublinha o responsável.
Sobre se considera que a inteligência artificial (IA) generativa pode aumentar o número de ciberataques sofisticados,João Ricardo Moreira refere que esta "vem permitir aos agentes de ameaça automatizar os ataques em escala e utilizar 'phishing' com engenharia social bastante mais precisa,em 'email',voz,e SMS".
Já sobre como a IA pode a ajudar a mitigar os ciberataques,o administrador da NOS Comunicações refere que a IA,"já em utilização há vários anos na cibersegurança por via de 'machine learning',já está efetivamente a ajudar nas ciberdefesas das organizações".
"Com a IA generativa é,hoje em dia,possível detetar mais anomalias e,mais rapidamente,automatizar respostas a incidentes,prever e antecipar ataques,e apoiar as equipas de cibersegurança na elaboração de relatórios de incidentes de cibersegurança,'threat hunting',entre outras atividades",remata.
ALU // EA
© Reportagem diária do entretenimento brasileiro