Sobrado de três andares que pertenceu ao fotógrafo Marc Ferrez,o mais importante do Rio no fim do Império — Foto: Gabriel de Paiva
O casarão que pertenceu a Marc Ferrez,considerado um dos mais importantes fotógrafos da História do Brasil no fim do Império e início da Primeira República,está à venda na Rua da Quitanda,no Centro da cidade. A família de Ferrez decidiu se desfazer do sobrado do século XIX por R$ 6 milhões. A construção tem três andares,660 metros quadrados e detalhes que marcam a passagem do tempo,uma delas uma escadaria multicentenária.
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Nos idos anos 1875,Ferrez foi considerado o principal fotógrafo do Rio. Feitas por ele,as fotografias panorâmicas da cidade,àquela época capital brasileira,ficaram muito conhecidas. O casarão abrigava a Casa Ferrez,a mais famosa da Guanabara.
— Temos sobrados históricos por todo o Centro da cidade,mas as regiões que estão mais vivas são a Rua do Saara,a região da Praça XV e a Rua da Assembleia. Esse imóvel é ideal para restaurantes,loja de rua... Pelo fato de a área estar ativa,as pessoas têm procurado imóveis para alugar,mas os proprietários da Casa Ferrez preferiram a venda — diz Claudio Castro.
O sobrado da Rua da Quitanda estava há quatro anos fechado e teve as janelas depredadas no período pós-pandêmico,em que a região estava mais vazia. Antes de as atividades serem encerradas,ele abrigava o restaurante Sabor Saúde,mas o ponto funcionou como a Casa Marc Ferrez,Cinemas e Eletricidade Ltda até os anos 1990.
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Agora,comerciantes do entorno torcem para que a região volte a ficar movimentada com projetos como o Reviver Centro e com a abertura de novos atrativos também pelo Reviver Centro Cultural.
— Desde o fim da pandemia,o movimento caiu bastante,o Centro morreu. O faturamento da loja caiu significativamente. Espero que as pessoas voltem a circular — torce Marcela Otaviano,de 36 anos,gerente de uma loja de especiarias em frente ao sobrado histórico.
Na própria Rua da Quitanda,um edifício vizinho ao sobrado histórico vai inaugurar,em dezembro,o Espaço Quitanda 23: cafeteria,gelateria e espaço cultural. A proposta do projeto é inspirada na primeira sorveteria do Brasil,criada no Rio em 1835. O imóvel tem quatro andares: no primeiro funcionarão a cafeteria e a gelateria; no segundo,a cozinha; no terceiro,camarim e no quarto andar,a diretoria administrativa.
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