Num painel sobre a transição energética,Lobo Xavier defendeu que já houve conquistas em Portugal,mas também "más atitudes para com grandes empresas e investimento".
"Não podemos dizer que temos em Portugal um ambiente favorável a investimentos grandes e empresas grandes",reiterou,criticando a quantidade de impostos que existem e a taxa de imposto efetiva das grandes empresas.
O 'chairman' da EDP criticou ainda a regulação que existe,apontando que "na Europa a regulação chegou vários anos antes dos instrumentos para apoiar investimento".
"Temos [na EDP] uma presença grande nos EUA e lá há instrumentos muito sofisticados para apoiar grandes investimentos neste setor",sinalizou,defendendo que tão importante como os mercados de capitais são "as políticas governamentais" e os benefícios fiscais que existem.
O diretor-executivo da Galp,Filipe Crisóstomo Silva,também presente no painel,traçou igualmente críticas à regulação,apontando que é um "ambiente altamente regulatório",além das obrigações de reporte e transparência intensas para quem está cotado na bolsa.
"Precisamos de políticos que se importam com a competitividade da Europa",defendeu o responsável,apontando que são "reféns do que os políticos fazem ou não".
Para Filipe Crisóstomo Silva,é necessário "ter em atenção que a Europa está a perder competitividade",nomeadamente com as "camadas de regulações e a papelada que é precisa".
Nesta mesa redonda marcou ainda presença Pedro Norton,presidente executivo (CEO) da Finerge,que apontou alguns desafios que se enfrentam atualmente no setor,como o licenciamento: "É demasiado complexo em Portugal",disse.
Além disso,sublinhou também desafios no transporte e distribuição,bem como na vertente social,para lidar com as comunidades afetadas pela transição.
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