Ônibus tombado próximo da Feira de São Cristóvão — — Foto: Foto: Reprodução do Facebook
GERADO EM: 12/09/2024 - 04:30
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Um auxiliar de serviços gerais de 38 anos que estava no ônibus que tombou na última sexta-feira ao descer um viaduto da Linha Vermelha em direção ao Campo de São Cristóvão,na Zona Norte do Rio,luta por recuperação e justiça. O homem,que estava em pé no ônibus no momento do acidente porque aguardava para descer no ponto,teve a mandíbula e o braço quebrados. A esposa,de 46 anos,que está desempregada no momento,disse ao GLOBO que a família está enfrentando dificuldades. Ela relata que o marido não conseguiu apoio da empresa de ônibus e que era ele quem sustentava a família.
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— A vida,que já estava difícil,piorou. Estamos vivendo um dia de cada vez,tentando lidar com isso tudo. É muito difícil. Talvez ele nunca mais volte a ter uma vida normal. A pancada foi tão forte que afundou parte do crânio. Estamos esperando Deus nos dar uma direção para lutarmos por justiça — disse a esposa da vítima.
Segundo ela,o marido aguarda uma cirurgia:
— Depois disso,tem o tempo de recuperação. Vamos aguardar e torcer para que ele consiga voltar à rotina.
Em nota,o Rio Ônibus,que representa a empresa Braso Lisboa,informou que o departamento jurídico da empresa está realizando contato e prestando a devida assistência a todas as vítimas do acidente.
O casal,que mora em uma comunidade na Zona Norte do Rio,irá até o Hospital municipal Miguel Couto,na Zona Sul do Rio,para que o homem possa fazer exames. A vítima espera ser operada na próxima quarta-feira.
Ônibus tombado próximo da Feira de São Cristóvão — Foto: Reprodução
Um ônibus da linha 476 (Méier - Leblon) tombou na descida do viaduto da Linha Vermelha para o Campo de São Cristóvão,na altura do número 200,perto da Feira de Tradições Nordestinas,na noite de sexta-feira (6),deixando 26 pessoas feridas,sendo três em estado grave. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 22h34. De acordo com a corporação,as vítimas foram encaminhadas para os hospitais municipais Miguel Couto,na Gávea,Souza Aguiar,no Centro,Salgado Filho,no Méier,e Evandro Freire,na Portuguesa (Ilha do Governador).
Uma criança de 8 anos,Davi Guimarães,teve o braço amputado no acidente e foi socorrida ao Hospital Quinta D'Or. De acordo com a mãe,os médicos disseram que o sangue já está circulando pela parte reimplantada após uma longa cirurgia. Na noite desta quarta-feira,Davi passou a respirar sem ajuda de aparelhos.
Além do menino,outros dois passageiros também sofreram amputação traumática de um dos braços. No total,26 pessoas ficaram feridas. Dois homens que sofreram amputações estão internados no Hospital Souza Aguiar,no Centro do Rio. Um perdeu o braço na altura do ombro. O outro perdeu o antebraço. Ambas amputações aconteceram no lado direito. Já o menino Davi Guimarães conseguiu ter braço direito reimplantado no Hospital Quinta D'Or,para onde foi socorrido.
A Polícia Civil analisa um tacógrafo,equipamento obrigatório em ônibus e vans com mais de dez lugares que registra dados de uma viagem,para descobrir se o motorista do ônibus da linha 476 (Méier x Leblon),estava ou não trafegando com excesso de velocidade quando o acidente aconteceu. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio),a velocidade máxima permitida no local é de 50 km por hora.
O exame também leva em conta dados da perícia do local do acidente,feita ainda na noite desta sexta-feira. Até esta segunda-feira,12 pessoas já haviam sido ouvidas na 17ª DP (São Cristóvão),que investiga as causas do tombamento. Segundo a delegada Márcia Beck,algumas testemunhas ouvidas relataram terem pedido ao motorista do ônibus para diminuir a velocidade,durante momentos da viagem que antecederam o acidente. Ela também revelou que investigadores recolheram imagens de câmeras para saber se alguma gravação flagrou o tombamento do coletivo. O objetivo é o de saber exatamente o que levou o ônibus a ficar descontrolado.
© Reportagem diária do entretenimento brasileiro