"O que norteou o acordo feito foi a garantia de que qualquer resultado será de aplicação universal a todos os trabalhadores do grupo SATA. Os acordos anteriormente firmados excluíam uma parte substancial dos trabalhadores de terra do grupo SATA",realça o SINTAC em comunicado.
Aquele sindicato tinha anunciado em 28 de agosto uma greve dos trabalhadores de terra da SATA,entre 13 de setembro e 13 de outubro,que acabou por ser desconvocada na quinta-feira,por volta das 23:00.
Na sexta-feira,o SINTAC considerou que o acordo que levou à desconvocação da greve é "suficientemente robusto" e envolveu cedências de parte a parte,mas,no dia seguinte,o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) alertou que o acordo em causa foi aquele que negociou com a empresa no mês de julho.
Hoje,o SINTAC considera que a "outra proposta,já assinada por outro sindicato,fez baixar a fasquia",rejeitando a posição do SITAVA.
O SINTAC alerta também que aquele acordo negociado em julho "geraria uma enorme injustiça",uma vez que a "subida de nível" prevista no documento abrangia "apenas alguns trabalhadores".
"Com o acordo agora feito conquistou-se a garantia de que todos os trabalhadores receberão a valorização no seu vencimento base em janeiro de 2025,sem perder as diuturnidades de função já acumuladas",defende.
O sindicato promete que "negociará sempre numa perspetiva de que todos têm direito a ser abrangidos pelos acordos,independentemente da sua filiação sindical",afirmando que a "divisão dos trabalhadores" leva à "perda de direitos".
"O SINTAC garantiu o resultado positivo para todos os trabalhadores de uma negociação que acabou antes de começar. É preciso que se perceba que não se fecha nenhuma negociação de carreiras dos trabalhadores de terra da SATA sem a presença do SINTAC. É assim que funciona",avisa a estrutura sindical,que anexa à nota de imprensa a proposta de mediação negociada.
Na sexta-feira,o dirigente do SINTAC,Filipe Rocha,adiantou que o acordo envolveu cedências de parte a parte,lembrando que o sindicato defendia um aumento salarial no vencimento base,enquanto a administração da SATA pretendia que a valorização acontecesse por via de um complemento ao salário.
"A empresa aceitou parcialmente a nossa reivindicação,tendo nós acabado por aceitar uma solução mista em que a valorização acontece parte no vencimento base e parte no complemento que a empresa queria",revelou em declarações à Lusa.
No dia seguinte,o SITAVA revelou que não foi assinado qualquer outro acordo" entre o SINTAC e a administração da SATA.
"O SINTAC foi obrigado a assinar o acordo negociado pelo SITAVA no passado mês de julho",afirmou o SITAVA em comunicado.
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