Questionado sobre se existe alguma medida na proposta do Orçamento do Estado que gostaria de ver espelhada no próximo ano,João Paiva Mendes aponta a "redução do IVA de animação turística de 23% para 13%".
Com o alargamento do mercado,"as 'Online Travel Agencies' (OTA) ganharam uma maior preponderância no setor e aumentaram exponencialmente a comissão a pagar pelos seus próprios canais",refere o responsável.
João Paiva Mendes explica que,"em média,um operador paga atualmente entre 25% e 30% do valor bruto de uma experiência que vende 'online'".
Comparativamente,"temos plataformas tecnológicas na área da hospedagem a cobrar 17% e outras na área de aluguer de curta duração a cobrar 6%",acrescenta.
Ora,"se uma experiência turística que,para ganhar visibilidade,necessita de abdicar de mais de 50% da sua margem bruta,então percebemos que projetos de pequena escala nunca conseguem sobreviver pelo esmagamento de margens",adverte o gestor.
"Acredito que a redução do IVA para a animação turística iria não só incentivar a descentralização,a melhoria das condições dos guias e trabalhadores do setor como também levar à criação de novas experiências e reduzir a evasão fiscal",considera.
Em suma,"incentivar um tipo de turismo mais focado na experiência e não tanto no volume",remata João Paiva Mendes.
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