Vini jr ainda sofre para assumir o protagonismo na seleção brasileira — Foto: Mauro Pimentel/AFP
Vinicius Júnior quase terminou com um longo jejum,na última segunda-feira,ao ficar na segunda posição da disputa da Bola de Ouro. O troféu não para nas mãos de um brasileiro desde 2007,quando Kaká o conquistou. Muito próximo do principal prêmio individual do futebol,imagina-se o que mais ele poderia ter feito para chegar no grande objetivo. O desempenho do atacante do Real Madrid na Seleção ainda ruge como uma “pulga atrás da orelha" do atacante.
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Se forem levados em consideração apenas os números,a diferença é gritante. Desde que estreou pelo Brasil,em 11 de setembro de 2019,ele marcou cinco vezes e cinco deu assistências nas 35 oportunidades em que entrou em campo. Já na equipe merengue,soma 92 bolas na rede e 64 passes para gol em 279 partidas.
A jornada de Vini no profissional começou em 2017. Mas foi só no ano seguinte que o garoto do Ninho passou a mostrar suas primeiras credenciais no Flamengo. Maurício Barbieri,primeiro treinador com quem se destacou,relata que desde o primeiro contato já sabia que ele era diferente dos demais,mesmo sem a dimensão do quão alto poderia voar.
Para o atual comandante do Júarez-MEX,as atuações abaixo do esperado na seleção brasileira estão diretamente influenciados à um problema coletivo,que implicam não só no seu individual,mas de todos do time.
— A seleção está em processo de reconstrução,de mudança de geração,há poucos ou quase nenhum jogador remanescente da última Copa do Mundo. Além disso,a comissão técnica já foi trocada algumas vezes e tudo isso tem impacto no desempenho da equipe e consequentemente no dos jogadores individualmente — disse Barbieri.
Apesar do baixo rendimento ser tema constante quando o assunto é Vinicius Júnior na Seleção,o atacante não viveu somente de momentos ruins vestindo a amarelinha. O comentarista do Sportv,Carlos Eduardo Mansur,relata que o vencedor da Bola de Ouro passou por grandes momentos na Copa do Mundo de 2022,disputada no Catar.
Com Neymar fora por mais de um ano,recuperando-se do rompimento ligamentar no joelho esquerdo,o posto de protagonista do Brasil ficou à mercê de Vini. A dificuldade para assumir tal função,até o momento,gerou dúvidas quanto a sua dificuldade de chamar a responsabilidade. Para Mansur,esse nunca foi um problema para o camisa 7 do Real Madrid.
— Nunca faltou a ele personalidade. Então não dá para dizer que ele tenha sentido a camisa da seleção. Algo que ele sempre foi,desde o primeiro jogo dele no Flamengo,é um jogador que tentou tudo do próprio jeito: as jogadas,os lances individuais. Nunca se escorou ou se escondeu de jogo. Então,eu acho que a tendência natural é que com o tempo as coisas aconteçam — opinou o comentarista.
Vini chegou muito perto de marcar seu nome na história do futebol brasileiro,ao entrar no seleto grupo de atletas do país que venceram o mais renomado prêmio individual da modalidade. Ambicioso,o jogador de apenas 24 anos sabe que ainda tem um longo caminho a percorrer,e mais reconhecimento para ganhar. E este processo,passa principalmente pelo tão esperado protagonismo na Seleção.
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