Em declarações aos jornalistas,à margem do lançamento do estudo Banca em Análise,o vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA),Pedro Castro e Silva,disse que foi informado sobre esta intenção pela comunicação social.
"[Os bancos] é que têm responsabilidade de elaborar os seu planos de negócio,mas depois do anúncio do BIC,vamos sentar-nos com o banco para saber o que é que fundamenta esta decisão",disse o responsável do BNA.
Na terça-feira,o presidente executivo do BIC,Hugo Teles,disse à Radio Nacional de Angola que o banco iria encerrar 40 dos 230 balcões instalados em todo o país e despedir cerca de 400 trabalhadores,por dificuldades na compra de divisas.
Hugo Teles lamentou o facto de os maiores bancos comerciais do mercado nacional,como é o caso do BIC,terem mais dificuldades para obter divisas do que instituições bancárias de menor expressão.
O vice-governador do BNA admitiu que a oferta de divisas é escassa face à procura,mas rejeitou que haja falta de transparência,afirmando que "o mercado é livre" e as transações se fazem numa plataforma eletrónica.
Destacou ainda que quem compra mais divisas são os bancos maiores,mas são estes também que têm maior procura por terem mais clientes.
Quanto à oferta de divisas,"só tem sido suficiente" quando o preço do petróleo está alto,ou há mais contenção nas despesas com importação de produtos e serviços,acrescentou.
"Enquanto formos totalmente dependentes do exterior para o consumo de bens alimentares,contratação de serviços,vai sempre haver essa pressão sobre a taxa de câmbio e a oferta de divisas",sublinhou o responsável.
Sobre a trajetória da taxa de inflação e o impacto das medidas de política monetária que têm sido levadas a cabo pelo banco central angolano,assinalou que os efeitos destas medidas "têm desfasamentos e não se sentem de um mês para o outro",mas disse acreditar numa redução da taxa de inflação nos próximos quatro a seis meses,se se mantiverem as atuais políticas.
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