Os dados do Banco Millennium Atlântico,divulgados numa nota de análise consultada hoje pela Lusa,mostram que este é o maior valor verificado desde dezembro de 2023,altura em que registou 14,7 mil milhões de dólares (13,6 mil milhões de euros).
No mês de junho,o 'stock' das reservas internacionais tinha também subido tendo-se fixado em 14,4 mil milhões de dólares (13,3 mil milhões de euros),correspondendo a uma cobertura de 7,2 meses de importação de bens e serviços.
De acordo com a análise,este crescimento pelo segundo mês consecutivo deve-se à recuperação em 3,67% da disponibilidade dos direitos especiais de saque" para 620,9 mil milhões de dólares (573,8 mil milhões de euros),e das "reservas do FMI [Fundo Monetário Internacional]" para 150,8 mil milhões de dólares (139,enquanto os ddepósitos registaram um aumento significativo de 9,65%,para 5,4 mil milhões de dólares (4,9 mil milhões de euros).
"Contrariamente,a disponibilidade de moeda estrangeira manteve o ritmo de redução,pelo terceiro mês consecutivo e fixou-se em 63,08 milhões de dólares no mês em análise",lê-se no documento.
Em declarações à Lusa,a economista angolana,Joyce Domingos,referiu que esta tendência de crescimento deve manter-se,por haver cada vez menos necessidade de intervenção do Banco Nacional de Angola (BNA) no mercado cambial.
Segundo esta especialista,estes ativos,que constituem as reservas internacionais,estão a ser bem rentabilizados e permitem ao banco central contribuir para a estabilidade do mercado cambial.
Joyce Domingos frisou que a intervenção do banco central tem sido reduzida no mercado cambial,deixando este espaço aos normais intervenientes,nomeadamente empresas petrolíferas e diamantíferas,com vista ao ajustamento do mercado.
"A princípio é que se mantenham essas reservas nas aplicações em que estão,que continuem a rentabilizar,e as saídas sejam cada vez mais reduzidas,porque quem tem feito mais intervenções é o Tesouro Nacional",adiantou.
No que se refere à moeda estrangeira,Joyce Domingos frisou que a sua contínua redução deve-se à disponibilidade reduzida de aquisição a nível interno pelo BNA.
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