Em meio a embate entre Musk e Moraes, SpaceX alerta funcionários para não viajar ao Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o dono da rede X,o bilionário Elon Musk — Foto: Fotos de Brenno Carvalho/O Globo e Sergei Gapon/AFP

RESUMO

GERADO EM: 05/09/2024 - 03:31

SpaceX veta viagens ao Brasil devido a disputa Musk-Moraes

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A SpaceX alertou seus funcionários para não viajarem ao Brasil em meio à disputa entre Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),Alexandre de Moraes,que está se espalhando pelas empresas do bilionário.

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Em um e-mail enviado aos funcionários na semana passada,visto pela Bloomberg,a presidente da SpaceX,Gwynne Shotwell,disse que ela deve “transmitir a seriedade desta situação” e que os funcionários devem “evitar qualquer viagem — por motivos pessoais ou de trabalho — ao Brasil”.

O e-mail foi noticiado primeiramente pelo Wall Street Journal,que também apontou que um pequeno grupo de funcionários não brasileiros da SpaceX baseados no Brasil estão sendo realocados para fora do país.

Um representante da Space Exploration Technologies Corp.,como a empresa é formalmente conhecida,não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A nova restrição para viagens é a mais recente consequência da rivalidade de meses entre Musk,a pessoa mais rica do mundo,e Moraes — que lidera esforços para combater notícias falsas e discurso de ódio que,segundo ele,prejudicam a democracia brasileira. Moraes baniu a plataforma de mídia social X — anteriormente conhecida como Twitter — e bloqueou contas bancárias da unidade de satélite Starlink,da SpaceX,para o pagamento de multas impostas à X.

“Esta ordem é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deve ser responsável pelas multas aplicadas — inconstitucionalmente — contra X”,disse a Starlink semana passada,acrescentando que pretende “abordar a questão legalmente”.

É padrão que as empresas revisem seus protocolos de segurança e alertem os funcionários sobre viagens para determinadas áreas,dependendo das mudanças na dinâmica com clientes e governos estrangeiros.

A decisão do Supremo Tribunal Federal se concentrou em duas empresas registradas no Brasil: Starlink Brazil Holding Ltda e Starlink Brazil Serviços de Internet Ltda.