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Diálogos RJ: especialistas debatem como promover o envelhecimento saudável

Sep 20, 2024 News IDOPRESS

Diálogos RJ: especialistas debatem como oferecer um envelhecimento saudável à população — Foto: Freepik

RESUMO

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GERADO EM: 20/09/2024 - 04:30

"Diálogos RJ: Envelhecimento Saudável em Pauta"

Especialistas se reúnem no Diálogos RJ para discutir o envelhecimento saudável,essencial devido ao aumento da população idosa no Brasil. O evento aborda prevenção de doenças,serviços para idosos e desafios,como a compressão da morbidade. Destaque para a necessidade de mudança de mentalidade sobre o envelhecimento.

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Dados do último censo do IBGE mostram que o Brasil registrou uma alta expressiva (57,4%) no número de idosos entre 2010 e 2022. O estado do Rio possui um dos maiores percentuais de população idosa do Brasil,e,para evitar crises na Saúde e na Assistência Social,é necessário oferecer cuidados fundamentais e adaptações nesses sistemas.

Por conta disso,O GLOBO promove a segunda edição do Diálogos RJ,desta vez debatendo como proporcionar um envelhecimento saudável. O tema será discutido por especialistas e autoridades no auditório da Editora Globo,no Rio,no próximo dia 23,às 9h30. As inscrições estão abertas ao público,faça a sua aqui.

Serão duas mesas de conversa,sendo a primeira com o tema “Prevenção e promoção da saúde na terceira idade”,da qual participam Claudia Mello,secretária de Estado de Saúde do Rio de Janeiro; Alexandre Kalache,presidente do Centro Internacional da Longevidade; Fátima Henriette,presidente da Comissão Especial de Atendimento à Pessoa Idosa na OAB/RJ; e Elisa Macedo,coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Pessoa Idosa do MPRJ.

O segundo painel,“Como garantir os serviços para um número crescente de idosos”,terá a presença de Lícia Mattesco,superintendente da Pessoa Idosa pela Secretaria de Estado Intergeracional de Juventude e Envelhecimento Saudável; Munir Neto,deputado estadual (PSD) e presidente da Comissão da Pessoa Idosa da Alerj; e Simone Tourino,superintendente de Políticas para Pessoa Idosa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. A mediação é de Adriana Dias Lopes,editora de Saúde do GLOBO.

Maior participação

Outra que participa do primeiro painel é Sandra Rabello,coordenadora de extensão do Núcleo de Envelhecimento Humano da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ela explica que um dos principais problemas enfrentados por idosos,de maneira geral,é o etarismo,ou seja,o preconceito contra pessoas de mais idade.

— As pessoas não reconhecem no envelhecimento a possibilidade de estender a sua vida com saúde,com participação social,contribuir para a sociedade,trabalhando,sendo voluntário ou enquanto pessoa experiente da família— aponta Rabello.

Ela defende que o envelhecimento deve ser tratado socialmente como uma conquista,resultado de uma série de avanços ocorridos na área de saúde,mas também na área social.

José Eustáquio Alves,doutor em Demografia e diretor da Decifra Ensino e Pesquisa em Demografia,que participará da segunda mesa de debates,destaca que o Brasil está passando por uma mudança na sua configuração etária,diferente da vista nos primeiros 500 anos da sua história. O país tinha,até poucos anos atrás,uma população majoritariamente jovem e baixo número de idosos.

Segundo Eustáquio,estimativas apontam que,até o final deste século,40% da população brasileira será de idosos (chegando a 37% já em 2070),frente aos 4% registrados em meados do século passado.

Ele destaca que o fenômeno também atingirá faixas etárias ainda mais elevadas,com um aumento significativo da população acima dos 80 anos. Um problema decorrente desta mudança é a dificuldade do sistema de saúde em atender esse aumento de demanda,em casos como de doenças cardíacas,osteoporose e artrite,mas também depressão.

Com essa perspectiva de envelhecimento,o principal desafio,segundo Eustáquio,é conseguir estabelecer a chamada compressão da morbidade — tentativa de retardar o surgimento de doenças crônicas não-transmissíveis e suas complicações:

— É reduzir ao máximo essas doenças e proporcionar um envelhecimento ativo,no qual as pessoas possam seguir contribuindo de alguma forma para a sociedade. Quem tiver condições de trabalhar,trabalhe,mesmo que meio período,faça um trabalho flexível ou virtual. O desafio do Brasil no século XXI é transformar esse processo em um envelhecimento ativo.

Outra participante do encontro é a geriatra Vilma Camara,professora doutora emérita da Universidade Federal Fluminense (UFF),vice-presidente da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Acamerj).

Ela explica que é fundamental que haja uma equipe multidisciplinar e preparada para atender idosos,destacando que a adaptação do país ao aumento da população idosa passa por diversos segmentos,desde engenheiros e arquitetos,que podem pensar um mundo mais acessível,até serviços cotidianos.

— A própria comunidade precisa aprender,perder essa figura negativa do idoso,porque ele tem capacidade,vivência e pode produzir muito.

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