"Esta integração [do Andante na Linha do Vouga] apenas veio acolher recetividade da CP recentemente,coincidindo com a entrada em operação da rede Unir e com a alteração do sistema de bilhética Andante introduzido pelo TIP -- Transportes Intermodais do Porto",refere,numa resposta à Lusa,a comissão liderada por Ariana Pinho.
De acordo com a comissão executiva da AMP,a integração do sistema tem "gerado diversas anomalias e erros na validação dos passageiros".
"Esta situação tem impossibilitado a integração de novos serviços de transporte público no sistema Andante,sob pena da criação de maiores inconsistências nas validações dos passageiros e na repartição correta da receita intermodal",refere.
Assim,segundo a AMP,"assim que o TIP tenha estabilizado a nova solução implementada para o sistema de bilhética,será possível e desejável por parte da AMP a integração da linha do Vouga no Andante".
A Lusa enviou questões aos TIP e aguarda resposta.
A CP - Comboios de Portugal enviou um pedido à AMP para integrar a Linha do Vouga no sistema de bilhética Andante há quase um ano,em setembro de 2023,disse hoje fonte oficial à Lusa.
"No dia 28 de setembro de 2023,a CP -- Comboios de Portugal enviou uma carta à Comissão Executiva Metropolitana do Porto,solicitando a implementação do tarifário intermodal Andante no serviço ferroviário do troço entre Espinho-Vouga e Pinheiro da Bemposta",em Oliveira de Azeméis (Aveiro),pode ler-se numa resposta a questões da agência Lusa.
Assim,reitera a transportadora,"a integração deste troço no sistema Andante não está sob a responsabilidade da CP",mas sim da AMP,informação que também já tinha sido adiantada à Lusa por fonte oficial dos TIP.
Na sexta-feira,o presidente da Área Metropolitana do Porto,Eduardo Vítor Rodrigues,disse não ter conhecimento de pedidos para a autoridade de transportes permitir o uso do Andante na Linha do Vouga,que os TIP afirmaram estar preparados para lançar.
"Não há nada,neste momento,que esteja em nossas mãos. Nós,enquanto autoridade de transportes,agilizaremos tudo. Não é aos TIP [Transportes Intermodais do Porto] que compete pedir o que quer que seja. Não compete aos TIP exibir problemas,compete resolver",disse aos jornalistas.
Na resposta hoje enviada à Lusa,a comissão executiva da AMP refere que remete a 2019,quando a AMP integrou as linhas da CP no Andante,"a solicitação da AMP junto da CP para que seja integrada no Andante também a linha do Vouga".
Há cerca de um ano,a Lusa questionou CP e TIP (participada em 33,3% pela CP) sobre esta questão,tendo ambas adiantado que a solução para integrar o Andante no troço da Linha do Vouga que percorre a AMP (concelhos de Espinho,Santa Maria da Feira,São João da Madeira e Oliveira de Azeméis) poderia passar pela validação junto dos revisores no início das viagens.
Assim,e apesar do fornecimento de validadores estar em curso,as duas entidades,segundo a resposta à Lusa do TIP,"estão disponíveis para avançar com a integração desta linha na rede Andante,com validação dos títulos de viagem nos EPVC (consolas portáteis dos revisores)".
A ausência na Linha do Vouga do sistema Andante impede,por exemplo,os passageiros frequentes de utilizarem o passe Andante metropolitano no comboio,com o respetivo acréscimo de custos (89 euros de dois passes em vez de 40 do passe único),para chegarem ao Porto,criando uma situação de tratamento desigual face aos restantes utilizadores de transportes públicos da AMP.
O trajeto entre Oliveira de Azeméis e Espinho é feito durante mais de uma hora e a estação de Espinho-Vouga fica a cerca de 500 metros da estação de Espinho da Linha do Norte,servida pelos urbanos da CP com ligações ao Porto e a Aveiro,bem como aos comboios de longo curso.
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