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Só 19% dos africanos beneficiam de alguma forma de proteção social

Sep 13, 2024 Tecnologia IDOPRESS

Os dados são do relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) 'Relatório Mundial de Proteção Social 2024-26: A Proteção Social Universal para a Ação Climática e uma Transição Justa'.

 

O relatório indica que a população africana coberta por,pelo menos,uma prestação de proteção social,melhorou de 15,2% para 19,1% entre 2015 e 2023,mas fica ainda assim muito abaixo da média mundial,que no ano passado estava nos 52,4%,e longe dos 85,2% registados na Europa e Ásia Central.

"A nível mundial,a despesa pública com pensões e outras prestações para as pessoas idosas não relacionadas com a saúde é,em média,de 7,6% do PIB",lê-se no relatório,que aponta,contudo,"variações regionais substanciais,com níveis de despesa que vão de 10,5% do PIB na Europa e Ásia Central a 1,7% em África".

A cobertura efetiva da proteção social por grupo populacional torna-se ainda mais discrepante olhando para os desempregados - em África,apenas 3,8% das pessoas sem emprego beneficiam de uma proteção social,contra a média mundial de 16,7% e de 49,1% na Europa.

A nível mundial,o relatório revela que mais de metade da população mundial beneficia,pela primeira vez,de alguma forma de proteção social,mas os progressos são demasiado lentos,afirmou a OIT.

Num novo relatório,a OIT apela em especial aos países mais vulneráveis à crise climática para que invistam mais na proteção social,uma vez que esta não é uma forma de evitar as alterações climáticas,mas sim de atenuar o seu impacto na população,nomeadamente através da prevenção da pobreza.

A África subsaariana é apontada como uma das regiões mais vulneráveis,num continente que acolhe a maior parte dos países de língua oficial portuguesa.

"Embora se trate de um avanço significativo,a realidade é que 3.800 milhões de pessoas ainda não beneficiam de qualquer forma de proteção social",lamenta a OIT,que aponta também para o facto de a maioria das crianças (76,1%) ainda não beneficiar de uma proteção social eficaz.

Se o progresso continuasse ao ritmo atual a nível mundial,seriam necessários mais 49 anos -- até 2073 -- para que todas as pessoas estivessem cobertas por pelo menos uma prestação de proteção social.

Esta agência especializada das Nações Unidas está particularmente preocupada com os países mais vulneráveis à crise climática,que "representa a mais grave ameaça à justiça social atualmente",segundo o diretor-geral da OIT,Gilbert Houngbo.

"Muitos dos países que sofrem as consequências mais brutais desta crise estão particularmente mal equipados para lidar com o seu impacto no ambiente e nos meios de subsistência",afirmou Gilbert Houngbo em comunicado.

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