o chef paulistano Alberto Morisawa,o Mori — Foto: Tomás Rangel
GERADO EM: 31/10/2024 - 04:30
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
Filho de japoneses,o chef paulistano Alberto Morisawa,há dois anos à frente do Mee,o pan-asiático do Copacabana Palace com uma estrela Michelin,foi criado em uma casa de hábitos tradicionais nipônicos: sua avó preparava comida caseira com muito karê (o curry japonês),tempura de legumes e arroz mochi e,no quintal,a família cultivava um pomar com jabuticabeira,bananeira,pé de lichia e horta com inhame,batata-doce e outras raízes. “Tínhamos até folha de shisô e pitaya”,recorda-se o chef,que antes trabalhou no Kinoshita,em São Paulo.
Apesar de crescer mergulhado nessa cultura,Mori pisou pela primeira vez no Japão este ano,quando pousou em Tóquio para uma imersão. “Nessa viagem,pude sentir o sabor da minha avó,com quem dei os primeiros passos na cozinha,e ainda conhecer os mercados,restaurantes e hábitos de lá. Saboreei iguarias que não vingariam aqui,como barbatanas e águas-vivas. Dormi em hotel cápsula,viajei de trem-bala,conheci os templos...”,lista.
Chef executivo do Copacabana Palace e diretor de gastronomia da rede Belmond da América Latina,Nelo Cassese acredita que viagens de imersão são importantes ferramentas de pesquisa e planejamento para aperfeiçoar ainda mais as experiências gastronômicas dos restaurantes. “A viagem do chef Mori ao Japão certamente trouxe ainda mais bagagem para pensar em receitas,novos preparos e buscar por ingredientes e fornecedores que possam aprimorar a qualidade do serviço e da gastronomia que oferecemos no Mee”,destaca.
O primeiro prato que experimentou na viagem foi o lámen e seguiu com tonkatsu com salada de repolho,caldos variados,espetinhos e ainda receitas do chinatown de Yokohama. “Fiquei impressionado com essa parte chinesa da cidade. Muito incrível”,conta,já mirando em novos destinos. “Tenho que ter o olho aberto para toda a Ásia e quero ir para a Coreia em uma próxima viagem.”
© Reportagem diária do entretenimento brasileiro