"O Alentejo é de facto hoje,senão a,uma das regiões que apresenta indicadores de crescimento [no setor turístico] mais consolidados e mais relevantes,atendendo àquilo que é a própria média do país",afirmou o governante.
Numa cerimónia na zona do paredão da barragem do Alqueva,do lado do concelho de Moura (Beja),o secretário de Estado enalteceu,no seu discurso,este trabalho de aposta na área turística "seguramente feito durante estas décadas".
Mas,que agora "vê o seu epicentro numa relação cada vez maior com mercados externos que não tinha",fazendo com que o Alentejo tenha "cada vez menos uma dependência do mercado interno e maior relevância nos mercados internacionais".
"Isso é particularmente relevante porque acrescenta valor,acrescenta crédito e acrescenta,de facto,uma nova visão para este território",realçou.
Questionado pela agência Lusa,após a cerimónia de inauguração da nova Estação Náutica de Moura-Alqueva,que envolveu um investimento de quase 2,2 milhões de euros,Pedro Machado precisou que,em termos percentuais,a região alentejana "cresce acima dos dois dígitos" no turismo.
"Temos destinos do país que crescem abaixo dos dois dígitos. O Alentejo cresce acima dos dois dígitos" e,"no primeiro trimestre" deste ano,essa subidas esteve "acima nalguns casos dos 20%",afirmou.
"Portanto,significa que é uma região pujante,é uma região que está em crescimento e é uma região cada vez também mais competitiva e mais atrativa",frisou o secretário de Estado do Turismo.
E,continuou Pedro Machado,além de estar "a crescer e bem do ponto de vista daquilo que é a sua implantação nos mercados internacionais",a região também está a conseguir "fazer com que [se] esbata aquilo que eram muitos fatores" menos positivos.
"Nomeadamente a sazonalidade,porque ela hoje está esbatida e a procura turística faz-se durante mais meses durante o ano",afiançou,acrescentando ainda outro "indicador muito relevante",que é o facto de "a estadia média aumentar".
Quanto à Estação Náutica Moura-Alqueva,o governante elogiou este tipo de valências,que são não apenas "um produto óbvio",num lago,numa barragem ou numa praia oceânica,mas permitem agregar "outros produtos".
"Acrescentamos aqui valor com a formação,com a educação,com a cidadania",ou seja,a possibilidade de uma estação náutica "representar valor acrescentado para formar cidadãos" e permitir "a combinação com o património,gastronomia,alojamento" e outros vetores da atividade turística que "estão muito para além daquilo que é um espelho de água".
E,referindo que já existem em Portugal 38 estações náuticas,o governante disse ainda que esta nova valência em Alqueva,do lado do concelho de Moura,contribui para uma "nova imagem" da região,a do "Alentejo azul" e "mais moderno,mais contemporâneo",ao mesmo tempo que "mantém a sua história,o seu ADN".
O projeto da Estação Náutica Moura-Alqueva,coordenado pela Câmara de Moura e desenvolvido em parceria com a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA),é composto por uma plataforma central de lazer,uma praia fluvial e um parque de autocaravanas,mas o objetivo,no futuro,passa por somar outros investimentos.
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